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Entenda os motivos que levam uma pessoa a correr no Rally Dakar


Carlos Sainz: paixão pelo automobilismo e por vencer (foto: Marcelo Maragni)

Uma prova perigosa, que já tirou a vida de muitas pessoas. Mais de 9.000 quilômetros em menos de 15 dias, muito cansaço, privação de sono e muito investimento. Esse é um pouco do Rally Dakar, a maior prova off-road do mundo que há mais de 30 anos encanta e conquista afccionados do mundo inteiro que enfrentam uma verdadeira maratona, muitas vezes, para dizer apenas: “eu cheguei!”

Confira o que os principais nomes da prova falaram sobre o por que de correr no Rally Dakar:

Carlos Sainz – Espanhol, campeão em 2010 na categoria Carros
“Meu motivo para estar no Dakar é o mesmo pelo qual participei das centenas de ralis em que competi ao longo da minha carreira: a paixão pelo automobilismo e por vencer. Quando estreei no Dakar trouxe um objetivo claro, de me tornar o primeiro espanhol a vencer a prova entre os Carros. Tenho muito orgulho por haver atingido esse objetivo”.

Marc Coma – Espanhol, bicampeão na categoria Motos
“É uma pergunta que eu mesmo frequentemente me faço, e muitas vezes não consigo responder. Mas o Dakar é parte integral da minha vida já há muitos anos. Essa é minha nona participação, e minha vida gira em torno do rali em torno da preparação dia após dia para me manter competitivo e em condições de vencer a próxima edição. Tenho orgulho de ser parte da família do Dakar, tanto que, quando parar nas motos daqui a alguns anos, pretendo competir entre os carros”.

Cyril Despres – Francês, tricampeão na categoria Motos
“É um pouco complicado de responder. Motos são a coisa de que mais gosto desde que era criança. Comecei como mecânico na adolescência, depois passei a competir em alguns enduros e finalmente no rally cross-country, onde consegui meus melhores resultados. Graças a isso passei a viver do Dakar, e desde então não me fiz mais muitas perguntas… Acho que no momento em que você começa a questionar por que está no Dakar, a hora de parar está chegando”.

Nasser Al-Attiyah – Catarense, vice-campeão em 2010 nos Carros
“O Dakar para mim sempre foi um sonho de infância, que batalhei muito para concretizar. Primeiro minha família me obrigou a terminar meus estudos. Quando finalmente meu pai permitiu que eu me tornasse um piloto profissional, agarrei a chance com as duas mãos e me esforcei ao máximo para chegar a um alto nível. Existem muitos pilotos de rali no Oriente Médio, mas eles normalmente sofrem quando competem no exterior. Por isso fui desde cedo para a Europa, para evoluir e ganhar experiência para atingir o topo; me sinto muito feliz e sortudo por haver chegado lá, pilotando para um time como a Volkswagen Motorsport”.

Vladimir Chagin – Russo, hexacampeão na categoria Caminhões
“Esse é meu 18º Dakar, e nenhum deles foi igual aos outros. O Dakar junta os melhores carros e caminhões, equipes e pilotos do mundo, e só poder fazer parte disso já é em si uma motivação. É claro que a maior motivação de todas é chegar ao topo do pódio, mas simplesmente estar aqui já é um prazer enorme. Acredito que todas as pessoas aqui no acampamento do Dakar não poderiam viver sem as emoções do rali”.

Giniel De Villiers – Sul-africano, campeão do Dakar em 2009 nos Carros
“No fim das contas, o que mais importa é que essa é a corrida de resistência mais dura do planeta. É o desafio máximo para homens e máquinas, e é isso que me atrai como piloto para seguir voltando ao Dakar, ano após ano. É uma das ‘Grandes Aventuras Humanas’ que existem; mentalmente e fisicamente, não há nada no automobilismo que se compare ao Dakar”.

Firdaus Kabirov – Russo, bicampeão na categoria Caminhões
“Trabalho como engenheiro na fábrica da Kamaz, então foi assim que o meu interesse por acelerar um dos nossos caminhões no Dakar começou o rali é o teste máximo para os nossos produtos. Me sinto feliz pelo nosso caminhão ser resistente e rápido o suficiente para que sejamos competitivos no Dakar”.

Nani Roma – Espanhol, campeão em 2004 na categoria Motos
“O Dakar faz parte de nossas vidas. É o meu trabalho e como ganho meu sustento, mas também é uma forma de conhecer coisas novas, além de ser uma grande aventura. Durante muitos anos você se prepara para conseguir encarar uma corrida assim, e ter a chance de acelerar nos desertos imensos é indescritível. Nada se compara; é quase uma filosofia de vida”.

Luc Alphand – Francês, campeão em 2006 na categoria Carros
“No início você quer apenas descobrir como é. Quando criança via na TV as imagens do deserto, a vastidão dos espaços abertos, e ficava fascinado. Quando finalmente fiz meu primeiro, não terminei então quis voltar no ano seguinte para terminar. Consegui na segunda tentativa, e então comecei a querer ganhar um… É um pouco como quando você põe a mão para ver se a água da piscina está boa, e antes que tenha percebido já está mergulhando no fundo. Terminar um Dakar dá um senso de missão cumprida indescritível”.

Ruben Faria – Português, estreou no Dakar em 2006
“Comecei a andar de moto com cinco anos, e a fazer motocross ainda na adolescência. Acredito que todos os pilotos sonham em encarar um Dakar. Finalmente fiz minha estreia em 2006, e estar aqui se torna simplesmente um vício, quase uma droga. Às vezes quando as coisas dão errado durante uma especial eu me pergunto por que estou aqui e juro nunca mais voltar. Mas duas semanas depois da chegada, já estou planejando o Dakar seguinte”.

Este texto foi escrito por: Webventure