Foto: Pixabay

Equipe BR Lubrax se despede rumo ao Dakar 2001

Redação Webventure/ Offroad

A Pajero com que Klever correu o Dakar 2000 (foto: Divulgação)
A Pajero com que Klever correu o Dakar 2000 (foto: Divulgação)

“Nosso objetivo é colocar o Brasil entre os primeiros nas três categorias do Dakar” afirmou Klever Kolberg, piloto da equipe BR Lubrax que irá competir no Rally Paris Dakar 2001 pela 14ª vez. O maior rali do mundo inicia no dia 1º de janeiro e contará com cobertura on line da Webventure.

Ao lado de André Azevedo, que irá competir com um caminhão, Juca Bala e Luis Mingione (motos até 400cc), Kolberg mostrou otimismo ao falar da prova na despedida oficial da equipe BR Lubrax hoje, no restaurante do MAM, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. “Sabemos das dificuldades da prova mas nos preparamos bastante. Estamos confiantes porque fizemos um trabalho sério”.

Klever também demonstrou empolgação ao falar de seu carro, uma Pajero Full (Mitsubishi), especialmente preparada para a prova. “Este carro anda tanto que eu até capotei no fim de semana durante os últimos treinamentos. Acho que me empolguei”, brincou.

Em 2001, a prova volta a ter sua largada em Paris, o que dá mais glamour e abre mais espaço para o apoio do público que, na Europa, tem fascínio pelo Dakar. Segundo os pilotos, porém, as verdadeiras dificuldades sugirão exatamente quando a competição chegar à África. “Nós sabemos que o Paris Dakar é, na verdade, um rali africano”, completou Kolberg.

Restrições e perigos – Esta não é, porém, a única novidade do maior rali do planeta. A principal delas, e a que deve contar como diferencial para equipes e pilotos, é a restrição em relação ao auxilio aéreo por mecânicos. Com isso, os próprios pilotos terão de cuidar da manutenção de seus veículos na maior parte do rali.

Para poder fazer mais este “serviço”, os competidores da BR Lubrax fizeram cursos, cada um em sua modalidade. “Acho que todos deverão ser um pouco mecânicos até durante a prova, já que há uma preocupação constante em relação ao desgaste do veículo e suas condições gerais. Esta restrição em relação ao mecânico aéreo, que só poderá ser utilizado por três dias, com certeza vai dificultar. E é exatamente isso que a organização do Dakar quer”, comentou Klever.

Além das dificuldades mecânicas, físicas e dos adversários, uma outra preocupação ronda a mente dos competidores: a ação de grupos guerrilheiros. “Uma vez aconteceu um verdadeiro arrastão durante a prova, roubaram coisas de vários carros e eu consegui me safar por pouco. Tentativas de assalto às vezes acontecem em determinados trechos do deserto, mas feitas por pessoas pobres da região, é algo mais humano. O problema são os guerrilheiros, que estão sempre armados e podem nos atacar a qualquer momento”, explicou André Azevedo.

Programação pré-prova – A equipe BR Lubrax embarca para Paris no próximo dia 25, no Natal. Os pilotos chegam à cidade no dia seguinte, quando se reunirão com mecânicos e equipe de apoio. No dia 27 acontecem os últimos acertos. Já os dias 28 e 29 são reservados para as vistorias técnicas.

Em 30 de dezembro, uma comemoração especial: será o dia do aniversário do piloto de motos Juca Bala. O último dia do ano será livre para que as equipes possam aproveitar Paris e descansar. A largada do Rally Paris Dakar 2001 acontece no dia 1º de janeiro, às 5h. A prova conta com um total de 6180 km de especiais e vai até o dia 21 do mesmo mês.

Este texto foi escrito por: Débora de Cássia e André Pascowitch

Last modified: dezembro 19, 2000

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure