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Equipe BR Lubrax vence em todas as categorias na penúltima etapa do Rally Paris-Dakar

Time brasileiro chega completo à capital do Senegal. Luiz Mingione pode ser campeão hoje (domingo) com uma Honda Tornado Rally na categoria Super Production até 250 cilindradas

Dakar (Senegal) Os pilotos da Equipe BR Lubrax venceram todas as categorias da penúltima etapa do Rally Paris-Dakar, entre Kiffa (Mauritânia) e Dakar (Senegal), neste sábado. O time brasileiro conseguiu chegar completo ao final da competição. André Azevedo e os checos Tomas Tomecek e Mira Martinec venceram a categoria caminhões com um Tatra. Kolberg, ao lado do navegador francês Pascal Larroque na Super Production para carros a diesel, foi o mais rápido com um Mitsubishi Pajero Full. Juca Bala ganhou entre as motos até 400 cilindradas (Honda Falcon Rally). Luiz Mingione, ao guidão de uma Honda Tornado Rally, conquistou o primeiro lugar na Super Production entre as motos até 250 cilindradas e pode se tornar campeão neste domingo.

Neste domingo haverá a última etapa da maior competição off road do mundo, com apenas 31 quilômetros cronometrados. A largada será na praia da capital senegalesa. Depois o circuito se desenvolverá entre dunas e vai percorrer as margens do Lago Rosa, na periferia da cidade. Esta será a etapa mais curta de toda a prova, que começou dia 28 de dezembro em Arras e atravessou cinco países da Europa (França e Espanha) e África (Marrocos, Mauritânia e Senegal).

“Maratona”

O trecho Kiffa-Dakar era a segunda fase da etapa “Maratona”, com dois dias de duração, na sexta e no sábado, e 1.500 quilômetros no total. Os resultados foram computados separadamente e Kolberg ficou em segundo na categoria (11o na geral). Juca foi o campeão na Super Production até 400 e 11o entre todas as motos. Mingione também venceu e garantiu o 45o melhor tempo na geral. André Azevedo ficou em décimo entre os caminhões.

O Brasil teve oito veículos inscritos na competição, com dois caminhões (um de corrida e outro de assistência), cinco motos e um carro. De todos eles, apenas duas motocicletas deixaram a competição. O primeiro piloto a voltar mais cedo para casa foi o paranaense Marcelo Quelho, da CDI Competições. Numa etapa no Marrocos ele sofreu um acidente e teve a clavícula quebrada.

Depois foi a vez do carioca Armando Pires, da Equipe Drakkar Normandia. Desidratado e estafado, o piloto teve desidratação e acionou o resgate da organização antes da chegada ao acampamento do Tichit, na Mauritânia. Ele ficou três internado em uma clínica de Dakar e seguirá neste sábado à noite para Paris. Além de André, Klever, Mingione e Juca, Luiz Azevedo, companheiro de Quelho na mesma equipe, continuou na prova.

Sono

Na etapa deste sábado, o segundo estágio da “Maratona”, um adversário invisível não deu trégua aos pilotos de motos, carros e caminhões: o sono. Foram dois dias de prova, com um pequeno intervalo para descanso. Luiz Mingione e Luiz Azevedo, por exemplo, chegaram no final da noite ao acampamento em Kiffa, por volta das 22 horas. Às 23h30, sem que pudessem dormir, largaram novamente para um trecho com mais 1.011 quilômetros até Dakar. “Confesso que estou esgotado. Se o rali tivesse mais dois ou três dias, acho que eu não conseguiria chegar ao final. Eles (organizadores) estão testando todos os nossos limites”, concluiu Mingione, estreante no Paris-Dakar com uma moto de 250 cilindradas.

Na etapa desta sexta-feira, a parte 1 da “Maratona”, a chuva pegou muita gente de surpresa. “Eu nem tenho pneus especiais para barro. Ninguém espera correr na lama em pleno deserto africano”, contou Klever Kolberg, explicando os motivos por ter atolado duas vezes entre Tichit e Kiffa. “Além disso tivemos outros problemas. Num trecho de apenas 467 quilômetros, o pneu saiu da roda três vezes devido a um defeito no sistema de controle de pressão, que permite encher e esvaziar os pneus com o carro em movimento. Nas dunas, por exemplo, o veículo tem melhor performance com os pneus murchos.

A Equipe BR Lubrax tem patrocínio da Petrobras, BR Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e Eletronet, e apoio das Concessionárias Honda, VAZ Sprockets Chains, Carwin Acessórios, Controlsat Monitoramento de Frotas Via Satélite (Grupo Schahin), Iveco, Minoica Global Logistics, Mitsubishi Brabus, Planac Informática, Nera Telecomunicações, Telenor, Dakar Promoções, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Vista Criações Gráficas e Webventure.

Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro / Ana Carolina Vieira