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Equipe brasileira é terceira colocada no Xtremo 6000


Lico afirma que terceiro lugar foi bom resultado (foto: Nelson Baretta)

Frederico Gal, Barbara Bonfim, Rafael Melges e Diogo Malagon, da equipe Oskalunga WRR1 garantiu a terceira colocação na Xtremo 6000k, realizada na Argentina, no último fim de semana. A prova foi válida pelo Circuito Mundial de Corrida de Aventura (ARWS) e contou com a vitória do Team Merida Laboratorios Abraham.

A diferença para os vencedores foi de apenas 4min20 e o time brasileiro chegou confiante para a competição. “O resultado foi muito legal, foi o que estávamos pretendendo, estávamos motivados. Achamos até que poderíamos ganhar, mas o formato da prova foi diferente do que estamos acostumados aqui no Brasil, uma prova de expedição. A prova parava todos os dias, divididas em três etapas. Foi uma prova física, basicamente com bike e trekking”, explicou Frederico Gal, o Lico, originalmente da equipe Oskalunga.

Ainda sem esperar o que encontrar, Lico contou que o primeiro dia de prova contou com 24 quilômetros de mountain bike e 20 de corrida, sem navegação, só contando com o esforço físico. “E neste dia ficamos na segunda colocação. A maior diversidade mesmo foi andar no vento contra em um pelotão de mais de 150 pessoas, pois estavam além das equipes mistas, os homens juntos. Era uma reta, em um cânion com areia”, relembrou.

No segundo dia, a expectativa de competir a 4.200 metros de altitude, em Laguna Brava. Frederico admite que seus companheiros chegaram a sentir náuseas, mas que não comprometeu o desempenho em si. Mas um ‘segredo’ fez os brasileiros pouparem energias. “Nos beneficiamos por poupar um pouco de energia colocando uma vela, aproveitamos o vento a favor e isso favoreceu no trekking, fez nossas diferenças caírem, não relaxamos em minuto algum. Sofremos com a altitude, mas andamos junto com todos”, afirmou o atleta.

Problema e esforço – Em um downhill, a pneu da bicicleta de Diogo Malagon furou e atrasou um pouco mais a equipe. Ao todo, foram 120 quilômetros de pedalada, seguida por um canioning (costeira).

No último dia, já cansados pelo esforço físico, foi uma etapa marcada pela orientação nos 30 km de mountain bike e 25 de trekking. “Nesse momento teria navegação e nessa hora que quase vencemos, mas não ganhamos por conta do esforço que fizemos. Achamos que não teria navegação, então aceleramos”, disse Gal.

A disputa tornou-se acirrada quando Oskalunga WRR1 percebeu que acertara a navegação, diferentemente dos seus adversários. “As três primeiras equipes passaram de um ponto e logo nos escondemos. Voltamos para um ponto e a equipe que estava em quinto todos os dias, chegou em primeiro. Aparecemos por um lado e os times que estavam na frente, surgiram por outro para fazer o rapel. Acho que os ponteiros da prova fizeram tanto esforço que a cabeça não funcionou. De um PC a outro era muito simples. Ficamos descontentes, pois durante o rapel, um time masculino desceu na nossa frente, exatamente três minutos”.

O resultado deixou Frederico empolgado para a temporada, mas também deixou seu recado para a organização da Xtremo 6000. “Foi muito legal, apesar de que a organização precisa aprender muita coisa sobre prova de expedição. Valeu a pena, conhecemos uma região linda”.

Este texto foi escrito por: Bruna Didario