Direto de Paulo Afonso – A organização do Brasil Wild Extreme preparou um desafio bem grande aos aventureiros e corajosos que resolveram se arriscar pela corrida de aventura que atravessa Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Já no primeiro corte, apenas 16 equipes continuaram na briga, além de outras onze equipes que desistiram da prova.
Mas a vontade de conhecer a região e completar percursos dentro do sertão nordestinos motivou atletas de equipes desistentes a encarar o trekking no Raso da Catarina (BA), considerada a região mais inadequada para o ser humano, graças ao calor que faz no local considerado o deserto brasileiro.
Quem se arriscou nas areias que já foram abrigo de Lampião e seu bando na época do cangaço, foi Enio Paulo da equipe Caatinga R2, da Bahia, que abandonou a prova no PC4, em Água Branca (AL), graças a um atleta que desidratou. É uma região difícil, duro de se fazer e eu não poderia perder essa chance, então fui bem cedo fazer o percurso no sentido contrário, para não atrapalhar a prova, contou Enio.
O atleta completou o trekking de aproximadamente 32 quilômetros em três horas e meia. Fui testado com relação aos meus limites. É muito difícil caminhar lá, então o ideal é correr um pouco para o pé afundar menos na areia, explicou.
Rumo ao Raso da Catarina – Outra equipe desistente foi a Abend Adventure Team, do Distrito Federal, mas isso não desmotivou Edson Murakami e Marcos Ferreira a fazer o trekking do Raso da Catarina.
Duas bikes da nossa equipe quebraram e então nós descansamos um dia e hoje e agora vamos seguir para o Raso só nós dois para terminar a prova mesmo, declarou Murakami enquanto pedalava rumo ao PC do Brejo do Burgo.
Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi
Last modified: abril 10, 2008