Rafael da Lontra Radical aproveita para se hidratar em PC. (foto: Agência Fotosite)
O calor continua sendo o maior desafio na EMA 2001. Já causou diversos princípios de desidratação. Agora é a sede provocada pela alta temperatura e o esforço físico combinados que tem trazido problemas. Isso porque o estoque carregado pelos atletas nas etapas acaba rapidamente. Muita gente tem apelado para a água suja dos rios que encontra pela frente. Resultado: mal estar, diarréia e outros incômodos.
Não tem jeito, se não tomar, morre. 99% das pessoas beberam, diz o responsável pela parte médica da prova, Clemar Corrêa. Ele conta que nos últimos dias tem atendido atletas com os sintomas mencionados acima. Não é possível ter certeza de que se contaminaram pela água isso, só com exames laboratoriais. Mas é quase certo, pelo que as pessoas apresentam. Não são tantos casos assim, mas eu acredito que outros ficarão mal depois.
Sem purificação – Os atletas carregam entre os equipamentos obrigatórios, comprimidos Hidrosteril, para jogar na água e purificá-la antes de beber. Numa água barrenta como a de alguns rios, não adianta nada. O comprimido serve para se colocar na água limpa para combater alguns poluentes e protozoários. A água barrenta tem que filtrar, preparar, existe todo um processo, diz Clemar.
O médico conta que o calor está um pouco mais ameno hoje e assim diminuíram os casos de princípio de desidratação. Ele e sua equipe não param. A gente atende o pessoal dia e noite. Nem que se queira, dá para dormir. O calor é demais, tem muito barulho, a gente tem que deitar nas redes… é um clima de guerra, de garimpo, compara, com bom-humor. Clemar “adotou” as provas de aventura também é o médico do Rally dos Sertões. Durante a semana, ele é neurologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo (confira reportagem especial).
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira