Foto: Pixabay

Equipes usam estratégias diferentes no Brasil Wild Extreme

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Direto de Canindé de São Francisco (SE) – A primeira etapa da corrida de aventura Brasil Wild já desafiou estrategicamente os 232 atletas das 58 equipes participantes. Os competidores largaram da Companhia Hidrelétrica do São Francisco às 10h30 da manhã desta segunda-feira (7) e foram em uma longa perna de canoagem rumo a cidade de Canindé de São Francisco (SE).

Mas durante a prova de canoagem, a organização do evento colocou um PC (posto de controle) opcional no caminho. Ele isentaria a equipe de uma penalização de quatro horas, porém para alcança-lo a equipe teria que se dividir em duas. Um duck com uma dupla iria até esse PC, e a outra dupla iria para o PC 1. Elas voltariam a se encontrar no PC 2, após a primeira etapa de trekking da competição.

A primeira equipe a chegar na AT1 (área de transição entre as modalidades) foi a SOS Mata Atlântica, que adotou uma estratégia que nem Julio Pieroni, diretor geral da prova, esperava. O capitão Zé Pupo optou por deixar o atleta Mateus Ferraz Gil entre os dois PC`s, o virtual e o um, para que ele fizesse esse percurso em uma caminhada por entre a mata que adorna o Rio São Francisco, enquanto ele e os outros dois atletas seguiam em canoagem para o PC1 e na seqüência, para a AT1.

“O que o Zé Pupo fez foi deixar o Mateus sozinho pra completar o PC virtual e ele seguiu em dois ducks com os outros atletas, porque eles seguiram dois no duck da frente e um no duck de trás, pegando o vácuo da remada deles e não permitindo que a remada perdesse velocidade. Nisso, ele ganhou cerca de duas horas”, contou Pieroni. “Ele foi muito inteligente. Eu não esperava isso dele”, completou.

A equipe Sul Brasilis, segunda a chegar ao restaurante Karrancas, onde foi montada a estrutura da AT, optou por não passar no PC virtual. “A navegação foi doída. O duck é pesado e nós optamos por não passar no PC zero. O vento contra deixou tudo mais difícil”, disse Karina Bruning ao chegar da canoagem.

Já os terceiros a chegar à cidade de Canindé de São Francisco, a equipe Ecoaventura, teve a mesma idéia de Zé Pupo e deixaram um participante no meio dos PC´s para fazer o percurso num trekking. “Pensamos que assim seria mais rápido para navegarmos em três e deixamos um atleta na margem do rio para seguir sozinho”, contou o membro, Rodrigo de Souza.

Nada Definido Ainda – Para um dos diretores da prova, Harold Adam, o Alemão, a estratégia inicial das equipes pode até dar certa vantagem à elas, mas não define nada ainda, já que a prova teve somente o primeiro dia de disputas.

“A gente já tem um histórico bom com relação à recuperação de equipes de ponta que começam a prova em desvantagem, como aconteceu hoje. O custo da recuperação é alto. Mas a estratégia surpreende. Estamos vendo equipes sendo conservadoras em suas estratégias e numa prova grande como essa eu penso que é até bom ser conservador”, explicou. “Equilibrar essa ousadia e ser conservador é uma boa idéia na minha opinião”.

Para Alemão muita coisa pode acontecer, visto que nos primeiros quilômetros de trekking a SOS Mata Atlântica se perdeu e acabou sendo passada pelas equipes que vinham na sequência, Sul Brasilis e Ecoaventura. “Está sendo imprevisível”, finalizou.

Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi

Last modified: abril 8, 2008

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