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Erika Gramiscelli e Roberta Stopa, líder e vice-líder do ranking da CBC, comentam maratona de competições

Redação Webventure/ Biking

Cansada  Roberta Stopa luta pelo título da Copa Internacional (foto: Cristina Degani/ www.webventure.com.br)
Cansada Roberta Stopa luta pelo título da Copa Internacional (foto: Cristina Degani/ www.webventure.com.br)

Três fins de semana seguidos de competição, sem contar os treinos durante a semana. Atletas como Erika Gramiscelli e Roberta Stopa, atuais líder e vice-líder do ranking da Confederação Brasileira de Ciclismo, respectivamente, estão em uma verdadeira maratona neste fim de ano. Alguns atletas do mountain bike tiveram que descartar certas provas para poder descansar. Os que competem em todas estampam o cansaço e refazem o planejamento de treinos e viagens para poder descansar um pouco mais.

Stopa que participou nos dias 7 e 8 do Iron Biker, dias 14 e 15 do pan-americano de ciclismo e irá competir na final da Copa Internacional de MTB neste fim semana (22) em Mariana (MG). Isso sem contar o Brasileiro de Maratona (24 de setembro), no qual a atleta foi campeã.

“Essa última etapa da Copa Internacional de MTB também é uma prova de maratona e não é o meu forte. Mas estou indo com tudo para brigar pelo título. Tem quatro mulheres com diferença de um ou dois pontos e como a última etapa a pontuação é dobrada, a briga vai ser feia. Quem vencer ganha o campeonato”, adianta Stopa.

Líder – Quem também enfrenta a maratona de competições é Erika Gramiscelli, atual líder do ranking cross-country da CBC. “Fiz um planejamento das provas que iria participar e dei prioridade para as provas válidas pelo ranking da UCI [União Ciclística Internacional] e da CBC. As demais provas que não estavam contando pontos eu nem me preocupei em ir. Preferi ficar com os treinos ao invés de me desgastar com as provas. Meu objetivo maior é Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos”, explica a atleta.

Acostumadas com provas de cross-country, as atletas encaram provas longas, como a final da Copa Inter, visando a preparação. “Meu treino foi focado no Pan, em cross-country, que é a modalidade que eu mais gosto. E as provas de maratona acabaram fazendo parte dos treinamentos”, explica Stopa. No começo do mês a atleta fraturou a costela durante os treinamentos, prejudicando seu desempenho no Iron Biker e no Pan. “O perfil da prova [do Pan] não me favoreceu muito por conta das subidas. Era onde eu sentia mais dor”, conta a atleta.

A última etapa da Copa Internacional de MTB será em formato maratona, com uma prova longa de 60 quilômetros. Bem diferente das outras três etapas de cross-country. Essa última etapa não conta pontos para os rankings da CBC e UCI. “Espero completar a prova (risos). Estou me sentindo um pouco cansada e essa dificuldade das dores me deu uma fadigada para essas últimas provas. Mas nada que impeça de chegar lá, de estar num bom dia”, afirma Stopa.

Já Erika não concorda com o formato da final. “Na minha opinião não é uma prova válida. Corremos três etapas de cross-country e, na última, temos uma prova de maratona que vai decidir o campeão. E ainda não ser válida pela UCI. É muito ruim para nós. Essa etapa é uma inovação que a organização está colocando e, pelo menos para mim, não favorece por ser uma prova de maratona. Foge muito do foco da preparação. Nessa última etapa todo mundo vai com o intuito de fechar o ano, por causa do título. A pontuação será dobrada, então quem não se dá muito bem no cross-country tem a chance de se dar bem na maratona”, explica Erika.

A atleta é tri-campeã da prova e espera voltar para casa com o título. “Estou indo para brigar pelo título”, afirma.

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni

Last modified: outubro 19, 2006

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