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Erro da organização do Dakar confunde a imprensa brasileira

Redação Webventure/ Offroad

Carro do espanhol Miguel Prieto tem adesivo de identificação da categoria T3  colado antes da largada de Paris. (foto: Ricardo Ribeiro / ZDL)
Carro do espanhol Miguel Prieto tem adesivo de identificação da categoria T3 colado antes da largada de Paris. (foto: Ricardo Ribeiro / ZDL)

Smara (Marrocos) – Um erro da organização do rali Paris-Dakar, que demorou pelo menos cinco dias para divulgar que o espanhol Miguel Prieto não está mais na categoria T2.2, e sim na T3, está confundindo a imprensa brasileira e mundial. Prieto é da mesma categoria do brasileiro Klever Kolberg, os competidores mais fortes no grupo de carros com motores a diesel.

Como os dois correm praticamente no mesmo ritmo, e dividindo em dias alternados tempos melhores nas etapas, a organização do Dakar divulgava Prieto como o líder na T2.2, quando na verdade a posição pertencia a Kolberg. E vice-versa.

O resultado trocado saía tanto na listagem distribuída na sala de imprensa aos jornalistas que acompanham a competição, quanto no site oficial do Dakar, provocando o equívoco.

Klever e Prieto têm carros iguais (Mitsubishi Pajero Full) e usam a mesma equipe de assistência e manutenção na prova. Na classificação geral da categoria carros, o espanhol está com cerca de três minutos de vantagem em relação ao seu concorrente brasileiro.

Prieto subiu automaticamente de categoria quando foi constatado na verificação técnica em Paris que o espanhol havia instalado uma entrada de ar no carro com o objetivo de melhorar a ventilação e, consequentemente, o desempenho do seu Pajero.

A assessoria de imprensa da TSO, empresa organizadora do rali, foi questionada várias vezes por este jornalista e insistia em afirmar que Prieto não havia mudado de categoria.

Na segunda tentativa, o problema foi levado até a diretoria de prova, que também garantiu, equivocadamente, que o espanhol continuava na mesma categoria da inscrição, a T2.2. Mas só neste sábado o nome de Prieto foi incluído na T3, depois de várias reclamações da equipe brasileira.

Enquanto a organização do Dakar insistia no mesmo erro durante vários dias, o carro do espanhol enfrentava as especiais da Europa e do Marrocos com um adesivo, colado pelos próprios técnicos da TSO, com a inscrição “T3”.

Na classificação geral da categoria Carros, depois da etapa entre Goulimine e Smara, no Marrocos, Miguel Prieto aparece na 15a posição e Klever Kolberg em 16º e líder na categoria T2.2 para carros a diesel.

Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro

Last modified: janeiro 7, 2001

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