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Escaladores inauguram vias de psicobloc no Rio de Janeiro; assista


Felipe Dallorto e Flavia dos Anjos exploraram as paredes da Ilha do Farol (foto: Divulgação)

Os escaladores Felipe Dallorto e Flavia dos Anjos continuam suas jornadas por novas aventuras. A dupla esteve na Ilha do Farol, em Arraial do Cabo (RJ), explorando as paredes da região em busca de vias de psicobloc, modalidade praticada principalmente na Espanha e na Tailândia que consiste na junção de grandes paredes com bases em locais com água.

Depois de dois dias de problemas com a embarcação que os levou à ilha, a aventura dos escaladores teve um desfecho muito positivo: a inauguração de cinco vias em locais paradisíacos com águas azuis e rochas brancas. “A Ilha do Farol, sem dúvida alguma, é um paraíso para se praticar psicoblocs e tem tudo para ser referência na modalidade no país”, disse Flavia. “Há inúmeras possibilidades e, a sensação, o lugar, nos remetiam, o tempo todo, as imagens que temos de Mallorca, na Espanha. Mar azul, águas cristalinas, paredes negativas, pôr-do-sol exuberante e vários golfinhos”, completou Felipe.

A primeira parede conquistada pela dupla, que demorou a ser escolhida já que existiam diversas vias a serem exploradas, aconteceu no setor da Fenda de Nossa Senhora. “É uma parede vertical, levemente negativa, e foi ali que surgiu a primeira via que batizamos ‘Eu acredito em milagres’, belo nome após os perrengues”, contou Dallorto.

Além da parede “milagrosa”, outras quatro vias foram alcançadas pelos escaladores: a “Estrela de Davi”, caracterizada pela inclinação negativa e pelas agarras sólidas; a “Perfume da Gaivota”, no setor da Gruta do Coelho; a “Cavalo Marinho”, com inclinação vertical e muitas curvas; e a “Canoa Quebrada”, também inclinada negativamente e com agarras abauladas.

A ideia – A ideia de procurar por destinos de psicobloc começou logo após a inauguração do centro de escala indoor em Jacarepaguá, também no Rio de Janeiro, por Felipe e Flávia. Os escaladores procuraram novas emoções, encontradas na modalidade.

“É como entrar em um mundo desconhecido. É uma escalada pura, sem cordas, sem equipamentos. Nela, você nunca sabe o que vai encontrar pela frente, está sempre entrando ‘on sight’, ou seja ‘à vista’”, explicou Dallorto.

Depois da tentativa no arquipélago de Cagarras, ilhas que ficam em frente às praias de Ipanema e Leblon, e que não condiziam com os objetivos dos montanhistas, a oportunidade de ir até o Arraial do Cabo surgiu.

“Tudo começou com Cláudio Brisighello, webmaster do Escalada Café, que nos mostrou uma foto do Filhote da Ilha Redonda onde parecia ter um arco para psicobloc. Sem sucesso nas Cagarras, ligamos imediatamente para Flávio Carneiro, do C. E. Limite Vertical, que já havia conquistado vias em móvel na região de Arraial do Cabo. Após vinte minutos de conversa, estávamos convencidos que o lugar tinha um grande potencial”, contou Felipe.

Confira o vídeo da aventura de Felipe e Flávia

Este texto foi escrito por: Webventure