Sposito dando a Volta na Ilha Grande. (foto: Arquivo pessoal)
Nesta coluna, Carlos Sposito lembra como se inspirou para escolher as trilhas de alguns de seus principais desafios em corridas.
Um dos prazeres de todo montanhista que se preze é sempre descobrir trilhas novas, pelo menos para ele. Se for uma conquista então, melhor ainda! O mesmo acontece com um corredor de trilhas, afinal as emoções dos dois são as mesmas, só muda a velocidade de reação às experiências que vivenciam.
Normalmente estou sempre ligado em tudo que vejo, leio ou ouço, tentando perceber alguma pista, por menor que seja, da possibilidade de uma nova trilha, seja ela em uma montanha, floresta ou alguma área desértica. Um dos meus futuros projetos, por exemplo, teve sua semente em uma reportagem na National Geographic. Fazendo uma releitura desta reportagem antropológica, meus sentidos atentos me chamaram a atenção para o local e suas imensas possibilidades de aventuras e desafios. Assim, nasceu mais um projeto que terá vida na hora certa.
Inspiração – Durante um descontraído momento de lazer, quando eu folheava mapas no meu maravilhoso livro de cabeceira, The Times Atlas of the World, bati os olhos no Deserto de Mojave. Tempos depois eu era o primeiro brasileiro a correr por lá (veja coluna).
Em outra oportunidade, durante a leitura de uma reportagem sobre a inauguração da Volta Externa Major Archer, no Parque Nacional da Tijuca, me veio à mente meu velho paradigma: correr onde os outros caminham. Não deu outra: tempos depois estávamos, Giovanni Mello e eu, dando a primeira volta correndo na Floresta da Tijuca (veja coluna).
Eu poderia ficar aqui escrevendo linhas e mais linhas sobre várias trilhas que corri ou que pretendo correr, contando as histórias da origem de cada uma, pelo menos as que eu consiga me lembrar, seja em um bate-papo, uma reportagem, um livro ou uma viagem a alguma promissora região.
O importante é que todo corredor de trilhas deve estar sempre com todos os sentidos ligados. Com certeza muitas trilhas fantásticas aparecerão!
Este texto foi escrito por: Carlos Sposito