Uma semana depois de se partir e começar a afundar no litoral da Espanha, o petroleiro Prestige já derramou 6 mil toneladas de óleo combustível além das 5 mil toneladas derramada na semana anterior, quando, durante uma tempestade, a embarcação foi avariada. Os números ainda não são definitivos: governo e ecologistas divergem nele; enquanto um afirma que o vazamento foi de cerca de 10 mil toneladas, ambientalistas acreditam que foi o dobro disso.
Esse número poderá ser ampliado nos próximos dias. Há rumores de que o vazamento continue, ao contrário do que afirma o governo espanhol. Um avião de montitoramento do Instituto Hidrográfico da Marinha de Portugal constatou a presença de uma nova mancha de óleo de cerca de três quilômetros de comprimento e algumas centenas de metros de largura no local do naufrágio.
A Galícia é a região diretamente atingida pelo óleo. Com as manchas se movendo para o norte, até o governo francês mostra-se preocupado. Os primeiros restos de óleo já chegaram às praias das Asturias e da Cantábria. Na outra ponta, no litoral de Huelva, na Andaluzia, cerca de 50 aves apareceram mortas, aparentemente contaminadas com óleo combustível. Mais de 900 voluntários e funcionários fazem a limpeza das 141 praias galegas. Até agora foram recolhidos perto de 1.500 toneladas de óleo da areia e das pedras.
Mais prejuízos – O governo espanhol decidiu aumentar de 500 quilômetros para 555 quilômetros a faixa litorânea em que a pesca está proibida por causa da poluição provocada. Com isso, 6 mil pescadores e 9 mil mariscadores estão sem atividade. São mais de 2,5 mil barcos parados.
O navio-tanque grego Prestige carregava 70 mil toneladas de óleo. Se todo esse combustível fosse derramado no mar, ocasionaria um acidente jamais visto, duas vezes maior do que o ocorrido em 1989 com o Exxon Valdez, no Alasca.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: novembro 26, 2002
