
Dakar deste ano não saiu de Portugal. (foto: Divulgação)
A anulação do Dakar 2008 deve riscar a África do mapa do rali nos próximos anos. Pelo menos essa é a impressão de pilotos e ex-pilotos espanhóis com muita experiência no Dakar. Isidre Esteve Pujol, que já foi quarto colocado entre as motos, não vê mais possibilidade de a caravana passar pelo deserto.
Dificilmente o Dakar voltará a passar pela África. Entendo que a anulação deste ano representa o final de um ciclo, disse o ex-piloto da KTM, em entrevista ao jornal espanhol Marca. É quase impossível imaginar um novo Dakar pelo continente africano.
Assim como Pujol, Marc Coma entende que a derrota do esporte para o terrorismo implicará em prejuízos para a população africana. Um dos favoritos ao título na edição cancelada, Coma lamentou que as ações de terroristas na Mauritânia tenha causado o fim do sonho para centenas de pilotos.
Pujol resume bem o sentimento dos espanhóis em relação ao futuro da prova. A população na Mauritânia estava esperando pela passagem da caravana, como ocorre a cada ano. Agora, a tendência é que as equipes do Dakar façam outro Dakar em qualquer lugar do mundo, mas a gente da África não terá essa chance.
Mais forte – A América do Sul tem ganhado cada dia mais força para substituir a Europa e a África. A primeira opção seria a América do Sul, mesmo, com um um Rally por Las Pampas ampliado. Ou também poderia haver um Paris-Moscou-Pequim, já conhecido como Transiberiano, analisa Pujol.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: janeiro 10, 2008