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Especial das motos nesta quarta é cancelada

Redação Webventure/ Offroad

Meoni (frente) seguido por Marc Coma antes de cair na etapa desta terça (foto: KTM Images)
Meoni (frente) seguido por Marc Coma antes de cair na etapa desta terça (foto: KTM Images)

A morte do italiano Fabrízio Meoni, em função de um ataque cardíaco em plena etapa desta terça (11/01), provocou forte comoção entre todos os pilotos de moto do Rali Dakar. Os membros da equipe Gauloises-KTM podiam ser vistos aos prantos na chegada da especial, quando informados da morte de Meoni pelo diretor de prova, Patrick Zaniroli.

Entre os mais abalados estavam o líder Cyril Despres, Alfie Cox e Jean Brucy. Mas também os espanhóis da Repsol-KTM Marc Coma e Isidre Esteve Pujol inconsoláveis.

A pedido dos pilotos, a etapa desta quarta-feira foi cancelada para as motos. Os pilotos seguirão de avião direto para Bamako. “Precisamos de uma jornada de reflexão para saber o que é mais adequado ser feito”, desabafou Pujol.

A equipe KTM chegou a cogitar a hipótese de abandonar o Dakar 2005, exatamente como foi feito quando Richard Sainct faleceu em pleno Rali dos Faraós, cinco meses atrás.

Mas não é apenas a KTM que está abalada. O primeiro piloto a chegar em Meoni foi David Fretigne, da Yamaha. “Não entendo o que aconteceu”, desabafou o francês, desolado. “Tínhamos terminado de colocar gasolina, as motos estavam bastante pesadas e o lugar não era perigoso. Estávamos perdidos e procurávamos uma trilha. Cyril a encontrou e se foi rapidamente. Fabrizio o seguiu e uns 300 metros adiante o Marc Coma levantou a mão. Entendi que era algo grave e parei. Ele sangrava muito. Demorei para encontrar a baliza mas consegui ativá-la. Depois esperei a chegada do helicóptero porque não conseguia sair dali. Acredito que temos que seguir adiante, por ele e pelo Richard. Eles gostariam que fizéssemos isso”, contou o francês.

Brasileiro assistiu à cena

Jean Azevedo foi o terceiro piloto a passar pelo local do acidente e conta que viu Meoni caído e sendo atendido por Fretigne. “Quando eu cheguei ele já havia se acidentado. Passei por lá ainda antes dos médicos”, contou o brasileiro.

“Eu reduzi a velocidade e percebi que poderia ser algo sério. Mas não adianta ficar parado lá. Não havia necessidade da minha presença porque já havia outro piloto. Então eu segui adiante”, contou Jean Azevedo.

O brasileiro comenta que o acidente abalou psicologicamente todos os pilotos. “A verdade é que todo piloto de rali sabe que está aqui correndo um risco”, comentou. “Mas é claro que estão todos abalados psicologicamente e a tendência é o rendimento cair”, desabafa.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: janeiro 11, 2005

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