No mais recente estudo da Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil), foi apontado o Estado do Rio Grande do Sul como o campeão em superfície para a proteção de aves. O Estado tem 1.047.051 hectares que devem ser protegidos, distribuídos em 12 IBAs.
A SAVE Brasil é a representante da Bird Life International no país, e seu estudo apontou 163 Áreas Importantes para a Conservação das Aves (ou IBAs, na sigla do inglês Important Bird Areas) no Brasil.
O trabalho englobou 15 estados da Mata Atlântica, por ser a área mais ameaçada (83% das espécies de aves ameaçadas de extinção no País ocorrem nesses estados) e por ser a região com a maior quantidade de informações disponíveis. As 163 IBAs identificadas totalizam 8.385.791 hectares.
Trabalho detalhado – Desse total de áreas identificadas como IBAs no Rio Grande do Sul, 51% estão parcialmente ou totalmente inseridas em unidades de conservação de proteção integral, 3% em unidades de conservação de uso sustentável (excluindo APAs e RPPNs), 11% em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e 8% em outros tipos de reservas privadas.
A Bahia é o Estado com o maior número de IBAs identificadas (31 áreas), seguida por Minas Gerais, com 18. No Espírito Santo, por exemplo, duas grandes áreas particulares, sem proteção garantida, são os principais refúgios ainda existentes da saíra-apunhalada (Nemosia rourei).
O mapeamento inclui também áreas bastante pressionadas pela urbanização, como a Serra da Cantareira, em São Paulo, abrigo de quatro espécies ameaçadas de extinção – gavião-pomba (Leucoptemis lacemulata), pomba-espelho (Claravis godefrida), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) e araponga (Procnias nudicollis) -, além de outras nove quase ameaçadas.
Livro relata estudo – O resultado será publicado no livro Áreas Importantes para a Conservação das Aves no Brasil, que será lançado durante a 8a. Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8), em Curitiba, ainda neste mês.
Este texto foi escrito por: Webventure