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“Estreantes”, Moretti e Vivolo comemoram o vice

Redação Webventure/ Offroad

Moretti participou pela primeira vez de um rali cross-country. (foto: André Chaco / Webventure)
Moretti participou pela primeira vez de um rali cross-country. (foto: André Chaco / Webventure)

Outros “novatos” no cross-country, sem grandes estruturas de apoio, estão brilhando no Terra Brasil. Disputando seu primeiro rali neste estilo, a dupla Fernando Moretti e Marcelo Vivolo conquistou a vice-liderança no geral da prova e a primeira posição na categoria Production pela classificação. “Água mole em pedra dura…”, lembra Fernando, o piloto, para justificar porque mesmo com um carro menos sofisticado que os preparados nas fábricas para o rali, eles aparecem entre os primeiros.

“Para nós, é uma surpresa”, assume. “A missão era completar a prova, então estamos fazendo até mais do que a gente imaginava. Tivemos um tempo curto de preparação e este não é um estilo de prova que a gente conheça.” Fernando veio do Mitsubishi Motorsports. É o atual campeão de rali de regularidade na versão Nordeste, tendo atuado também em provas de velocidade deste campeonato para carros da marca. A nova experiência no cross-country está sendo positiva: “estou adorando!”, diz ele. Aventuras são mesmo uma paixão: o piloto também é pára-quedista.

A introdução no cross-country faz parte de um projeto de correr o Rally dos Sertões. A dupla foi em busca de patrocínio e, ao conseguir, decidiu correr todo o Campeonato Brasileiro, do qual o Sertões e o Terra Brasil, entre outras provas, fazem parte.

Sucesso veio da limitação – A estrutura do time foi montada um tanto “às pressas”. Somente uma semana antes deste rali Fernando e Marcelo conseguiram fechar o apoio. Um só carro atende os quatro veículos do time. “É muito apertado, uma loucura em comparação com as grandes equipes. Mas chega a ser engraçado, é uma correria gostosa e estamos aprendendo com isso”, comenta o piloto.

Realista, ele não esperava se manter no topo. “Não acho que vamos segurar esta posição até o fim, mas a missão está praticamente cumprida”, destacou ontem, no penúltimo dia do rali. A limitação é encarada por Fernando como o fator que fez a dupla ir para ´as cabeças´. “Estamos indo bem porque entendemos o que temos na mão. Água mole em pedra dura… Mesmo não tendo vencido nenhuma especial o que acredito que ainda não tenhamos condições de fazer – mantivemos a regularidade numa provas de trechos rápidos. Ainda mais que, com a nossa estrutura, o mecânico não tem como consertar o carro; ele trabalha à noite para melhorar o veículo. Não posso me dar ao luxo de estragar o carro. A limitação foi uma condição que deu certo para nós…”

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: junho 2, 2002

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