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Etapa de Campos terá novidades e muita estratégia


Eduardo Portella (à esquerda) e Alexandre Freitas dando instruções sobre a etapa (foto: Débora de Cássia)

Uma prova para experimentações. Assim foi definida a 5ª etapa do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura, que se realizará neste fim de semana em Campos do Jordão com cobertura Webventure. O percurso da competição foi explicado ontem aos atletas em uma reunião realizada no Auditório Mário Covas Jr., na Cidade Universitária, em São Paulo.

Eduardo Portella, um dos diretores da etapa, começou explicando a largada, que acontecerá na barragem Ducha de Prata, em Campos do Jordão, às 9h de sábado. O primeiro trecho será percorrido em mountain bike e levará os atletas até o Horto Florestal, local da primeira área de transição.

Na chegada a este AT, cada equipe terá um local reservado para deixar a sua bike e se abastecer dos mantimentos necessários. “Esta transição acontece em um campo aberto, onde ficarão todas as equipes”, explicou Alexandre Freitas, organizador da Expedição Mata Atlântica e diretor da Sociedade Brasileira de Corridas de Aventura. “A primeira meia hora de prova será só para aquecimento”, brincou.

Logo depois do primeiro trecho de bike, os atletas iniciarão um percurso de trekking que os levará para a primeira prova de técnicas verticais: uma “escalaminhada”. “As equipes que estiverem na frente deverão enfrentar esta parte da etapa na primeira hora da competição”, explicou Freitas. Os competidores terão de utilizar todos os equipamentos de segurança, como cadeirinha e mosquetão. “Achamos que é uma boa introduzirmos isso nas provas, ao invés de fazermos sempre só o rapel. Coisas novas exigem que os atletas sempre aprendam”, assinalou Freitas.

O próximo desafio dos competidores será uma novidade: o bike’n run/ride’n run, onde dois integrantes de equipe percorrerão um trecho a pé, um irá de bike e um a cavalo. “É proibido termos mais de uma pessoa sobre o cavalo. Estaremos atentos a isso”, explicou Eduardo Portella.

Atenção e estratégia também serão exigidos dos atletas durante a prova: só foram entregues ontem os mapas do percurso até o AT3, onde os competidores iniciam o bike’n run/ride’n run. Neste local os atletas receberão os mapas e as coordenadas para poderem completar todo o percurso de 150 km. Os organizadores também não quiseram revelar na reunião como será o trajeto a partir daí. Sabe-se apenas que as equipes enfrentarão pelo menos três trechos de trekking em locais sem trilha demarcada.

O quinto elemento – Embora não seja permitida a ajuda de equipes de apoio, a organização da etapa Campos do Jordão decidiu por deixar um quinto elemento prestar um auxílio na primeira parte da competição. A função desta quinta pessoa será transportar os atletas com as bikes até a largada e seguir rumo ao Horto para levar os mantimentos e equipamentos.

“Esta pessoa terá somente este papel. Depois, ela não poderá mais interferir em nada e nem prestar nenhum tipo de auxílio”, explicou Eduardo Portella. As equipes que não contarem com a ajuda desta pessoa extra, precisarão acordar mais cedo no sábado. Um dos seus integrantes precisará ir até o Horto, levar os mantimentos e, às 7h30, retornar com o ônibus da organização. Nada poderá ser transportado até o local na sexta-feira. Serão ao todo 39 equipes competindo na etapa.

Minicorrida: “O que é PC?” – Enquanto as explicações para a etapa do CBCA eram dadas, caras novas observavam tudo atentamente. Não eram atletas experientes, prontos para fazer questões complexas sobre o percurso ou alguma modalidade. Eram os novatos, que aguardavam ansiosos os detalhes da minicorrida de aventura, competição paralela à etapa oficial.

A prova contará com 45 km e também iniciará com mountain bike. Os competidores terão de se superar em trechos de bike, trekking e uma tirolesa 100 metros. Enquanto Eduardo Portella e Alexandre Freitas explicavam o percurso, perguntas como “o que é um PC” chamavam a atenção de todos os presentes. “Os PCs são os Postos de Controle. Para que os atletas façam o percurso determinado pela organização, há locais onde eles obrigatoriamente têm de passar. Nesses locais sempre há uma pessoa e um dos integrantes da equipe assina para confirmar que passou por ali. Também é colocado o horário de chegada e de saída dos atletas”, explicou Alexandre Freitas, prendendo a atenção de todos.

Provando que o intuito é realmente fazer com que esses novos participantes aprendam as necessidades de uma corrida de aventura, esses atletas também receberam mapas com coordenadas para serem plotados (fazer, no mapa, o traçado da corrida). Como a maioria dos presentes não sabia realizar esta tarefa, os organizadores ajudaram dando instruções e fazendo a plotagem. Karina Bacha, da equipe Atenah, também deu orientações e dicas para algumas equipes.

Não deixe de conferir todas as novidades da etapa Campos do Jordão na cobertura Webventure.

Este texto foi escrito por: Debora de Cassia