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“Etapa noturma é loucura para motos”, diz Varella

Eternos candidatos ao título, alguns dos pilotos mais famosos do Brasil participaram do primeiro briefing do Rally dos Sertões, anteontem, em São Paulo. Misturados aos anônimos na platéia, eles receberam de forma positiva as novidades da próxima edição, que começa no dia 11 de julho. Mas o ponto mais polêmico, a etapa noturna, gerou controvérsias.

“Acho loucura as motos andarem à noite”, afirma Reinaldo Varella. “Particularmente eu gosto de pilotar à noite, mas é arriscado colocar muita gente junta que nunca fez isso. Pode ser uma baixa grande para o rali, além do custo de levar os equipamentos especiais.” Entretanto, Varella é a favor de a prova apresentar novidades. “As mudanças são para melhor, mas que vai pesar no bolso de alguns, é fato. E aqui no Brasil não havia seriedade na hora de preparar os detalhes da prova, agora vamos ter.”

José Hélio, atual campeão dos Sertões nas motos, diz que está ansioso para correr pela primeira vez sob a lua. “Gosto muito de desafios novos, é algo avalia mais a pilotagem de cada um”, analisa. Com a cabeça voltada a uma nova vitória, ele partiu ontem para o Nordeste onde vai passar um mês treinando. No próximo dia 21, participa da abertura do Brasileiro de off-road, no Ceará.

Sertões x Dakar – Hélio garante que está em forma, mesmo após o grave acidente sofrido em setembro passado, quando caiu durante um treino e fraturou o crânio. “Está tudo normal agora, já participei de outras provas depois disto. Mas dizer que dá pra vencer outra vez é difícil, os Sertões é uma prova muito longa, pode acontecer de tudo.”

Varella, que esteve este ano no Dakar com a equipe Troller, aproveitou para entrar na onda de comparar a prova brasileira com o rali mais famoso do mundo. “O Rally dos Sertões é pior do que o Dakar, proporcionalmente. Esse ano disseram que estava muito fácil. Foi uma moleza mesmo. O Amyr Klink falou que até a vó dele faria o Dakar num Fusca e, se bobear, faria mesmo”, disparou. “Se os Sertões tivesse a mesma distância seria bem pior.”

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira