Depois de 47 dias, a expedição “O Brasil no topo do mundo” está muito próxima de instalar o acampamento 4, local da última parada antes do cume da maior montanha do mundo, o Everest. Chefiados por Waldemar Niclevicz, os alpinistas Alir Wellner, Irivan Gustavo Burda, Paulo Souza e Marcelo Santos (já recuperado de uma dor de dente) estão cumprindo passo a passo cada etapa da expedição e devem iniciar o ataque final ao topo do Everest nos próximos dias.
Somente no último sábado (21/09), depois de três dias de descanso no acampamento-base (5.400m), os brasileiros voltaram a subir até o acampamento 2 (6.500m) para novamente se readaptar aos efeitos da altitude. Com a ajuda dos sherpas (carregadores) japoneses e coreanos, que fixaram 450m de cordas acima do acampamento 3 (7.300m), a expedição brasileira ficou muito próxima do local onde será instalado o acampamento 4, no Colo Sul, a 8.000m de altura.
Mais cordas – No domingo (22/09), mais 700m de cordas fixadas levaram os sherpas acima da temida Franja Amarela, um degrau de rocha de cerca de 70 metros de altura. Nesta segunda ficou para trás o Esporão de Genebra, uma espécie de crista que levará os alpinistas até o Colo Sul, situado entre o cume do Everest e o do Lhotse, a quarta maior montanha do mundo, com 8.501m.
“Se o tempo continuar bom como está, a gente deve chegar ao topo do Everest na madrugada do próximo domingo”, disse Waldemar Niclevicz, diretamente do acampamento 2, onde se reencontrou com Marcelo Santos. Hoje (23/09), os alpinistas descobriram que o acampamento 1 foi soterrado por uma avalanche e uma barraca de depósito desapareceu. Apesar do acidente, os alpinistas brasileiros não foram prejudicados porque o acampamento 1 não seria mais utilizado.
Chegar ao topo da maior montanha do mundo sem a utilização de oxigênio artificial é o principal desafio na expedição que divulga o Ano Internacional das Montanhas no Brasil.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: setembro 23, 2002