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Everest e Lhotse terão rotas com cordas até o cume nesta temporada


Grande fenda tem sido principal obstáculo na rota de aclimatação (foto: summitclimb.com/ Explorersweb)

A temporada 2011 de escalada ao Everest vai tendo as suas últimas definições enquanto alguns montanhistas já estão em fase avançada de aclimatação. Na semana passada, uma reunião no acampamento base do lado nepalês definiu que a montanha mais alta do mundo terá cordas até o seu cume. O Lhotse, que também ultrapassa os 8,5 mil metros de altura, será outro a ter a rota facilitada até o pico.

O fator determinante para a decisão veio das expedições comerciais, das quais participam os quatro brasileiros que tentam conquistar os 8.850 metros do Everest neste ano. Além disso, cada montanhista terá que contribuir com US$ 150 para escalar a principal montanha do Himalaia e US$ 75 se quiser tentar o Lhotse. A contribuição é feita justamente para custear a fixação das cordas e estacas pelos sherpas.

Até agora, já são 18 expedições no acampamento base, sendo que seis delas tentarão o Lhotse. Aos pés do lado nepalês do Everest, já se reúnem 168 montanhistas e 230 sherpas. Estes últimos, inclusive, estão atualmente preparando a rota além do acampamento 3, com a intenção de chegar nos próximos dias à Colina Sul. Antes disso, porém, os montanhistas já prometem ter um grande desafio.

Se por um lado o número de expedições para o Everest neste ano será menor, os montanhistas devem encontrar algumas dificuldades a mais. Uma já está tendo que ser superada na aclimatação. Entre as grandes fendas que permeiam a rota até o cume, há uma em que foram necessárias cinco escadas para montar a travessia. Com 14 de metros de extensão, ela tem sido inclusive evitada pelos montanhistas, que fazem um desvio para evitar a passagem.

Mau tempo – Nos últimos dias, o clima não ajudou os montanhistas que tentam conquistar a montanha mais alta do mundo. O trio brasileiro composto por Rodrigo Raineri, Carlos Eduardo Santanela e Carlos Eduardo Canellas sofreu com o mau tempo na semana passada, quando teve as suas tendas danificadas pelos ventos fortes. Mesmo assim, eles continuam o processo de aclimatação além do acampamento base. Já Cid Ferrari, brasileiro que integra outra expedição, ainda buscava o acampamento quando fez seu último contato.

Lenda sherpa morre – Um grande personagem do montanhismo no Himalaia morreu no último domingo (24). Nawang Gombu foi o primeiro sherpa da história a escalar além dos 26 mil pés (cerca de 7.925 metros). Além disso, o seu principal feito foi ter sido o primeiro homem a conquistar o pico do Everest pela segunda vez, em 1965. Nawang Gombu morreu aos 79 anos, em Darjeeling, na Índia.

Este texto foi escrito por: Webventure