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Everest mede 3,7 metros a menos do que se pensava

O monte Everest, o mais alto do planeta, mede 8.844,43 metros, ou 3,7 metros a menos do que se pensava, anunciou hoje o Departamento Chinês de Cartografia, a partir dos resultados da primeira medição da montanha em 30 anos.

Um grupo de cientistas passou este ano semanas no monte, chamado Qomolangma pelos chineses e tibetanos, para medir sua altura usando novas tecnologias, desconhecidas em 1975, data na qual os especialistas fixaram a altura do Everest em 8.848,13 metros.

A medição, através de ondas de rádio, tem uma margem de erro de 21 centímetros para mais ou para menos, e descobriu uma camada de gelo e neve de 3,5 metros sobre o pico rochoso da montanha.

Além disso, pela primeira vez a tarefa de medição foi realizada por cartógrafos especializados, e não montanhistas ou especialistas de outros ramos científicos.

A equipe de especialistas foi formada por 35 cartógrafos, entre eles nove mulheres, que realizaram as medições entre março e junho deste ano.

É a quarta vez que se faz uma expedição científica chinesa ao Everest, e foi nas três vezes anteriores (1959-60, 1966-68 e 1975) que se acumulou dados para estabelecer a altura que até agora se tinha considerado a oficial do monte.

Além disso, Ding Lin, um dos cientistas da atual expedição, revelou em abril que a montanha ainda foi mais alta no passado e chegou a medir 12 mil metros, há 13 milhões de anos.

Ding calculou essa altura baseando-se em rachadura encontradas na face norte do monte, a que dá para o lado chinês.

As rachaduras são sinais de um estiramento de camadas, após o qual o monte diminuiu em quase um terço sua altura.

O Everest ou Qomolangma foi gerado, como o resto do Himalaia, pela colisão da placa tectônica Índia com a Euroasiática, há aproximadamente 65 milhões de anos.

O pico, um mito para os montanhistas de todo o mundo, foi escalado pela primeira vez em 1953 pelo neozelandês Edmund Hillary e o nepalês Tensing Norgay.

Este texto foi escrito por: Webventure