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Everest pelo sul: Niclevicz e Burda partem para novo ataque


De pé: David Waldemar Janak Pemba Jorge Irivan e Haya. Sentados: Nima Dawa Lapka Dit e Nawan. (foto: Arquivo Niclevicz/ BMA)

Os montanhistas Waldemar Niclevicz e Irivan Burda decidiram fazer um novo ataque ao cume do Everest (8.848m) amanhã (28/5), com a expectativa de chegar no pico da montanha entre os dias 1º e 2 de junho.

“Deixamos nosso ataque final para os últimos dias porque as previsões meteorológicas não nos davam segurança de sucesso”, disse Niclevicz. Ele acrescenta que a data não deve mudar pois as escadas e cordas fixas da cascata de gelo do Khumbu serão desmontadas na primeira semana do mês.

O tempo ruim prejudicou muitas expedições que se encontravam na face sul (Nepal) do Everest. Niclevicz conta que mais da metade dos alpinistas que desejavam escalar a montanha este ano já foi embora. “Contando as 23 expedições, havia aproximadamente 350 pessoas no Acampamento Base. No último ‘censo’ realizado no dia 23 de maio, apenas 140 pessoas restavam no local”, revela.

Logística – Niclevicz explica que um grupo de 10 sherpas, fortemente equipados, está de prontidão no Acampamento 2, a 6.500 metros. “Assim que o tempo apresentar sinais de melhora, este grupo deve partir para o Acampamento 4 e em seguida para o cume do Everest, preparando o caminho”, relata. O tempo no Himalaia está melhorando, mas os fortes ventos ainda são constantes, prejudicando os aventureiros que desejam chegar no cume.

Com a esperança da janela de bom tempo para os próximos dias, muitas expedições já se deslocaram para o Acampamento 2, deixando o Acampamento Base com um visual quase deserto bem diferente dos primeiros dias de escalada. Niclevicz e Burda decidiram permanecer a 5.400 metros.

“A previsão para os dias 29 e 30 são de ventos de 60 a 80 km/h no cume. Depois do dia 31 os ventos devem baixar para menos de 30 km/h. E já que só nos resta uma chance, escolhemos a melhor delas. Outro motivo é que nos dias 29 e 30, pelo menos umas 100 pessoas devem atacar o cume do Everest, gerando um considerável congestionamento. No dia 1º deve haver bem menos gente. No máximo umas 40 pessoas, eu espero”, conclui o montanhista.

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