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Exclusivo: Rali na cidade traumatizada pelo Catarina


Moto passa junto a galpão destelhado pelo ciclone durante o prólogo. Imagem que se repete em Torres (RS) (foto: Gustavo Mansur)

“Está vendo esta área toda onde estão passando os carros moço? Na semana passada isso aqui era um caos de árvores, galhos, pedaços de telha. Você não ia reconhecer”, são as palavras de um morador de Torres olhando os modernos carros do rali Rota Sul levantando grama e terra durante o prólogo no Parque de Eventos da cidade que a pouco mais de uma semana sofreu os estragos do Ciclone Catarina, o primeiro ciclone registrado no Oceano Atlântico.

“Parecia que eu estava naquele filme, o Twister”, comparou a comerciante Luiza Tavares. Da janela do meu quarto eu via tudo voando lá fora: árvores, bancos de jardim, tudo”, comentou a moradora de Torres com os olhos cheios d’água apenas com a lembrança das cenas do ciclone.

“É bom esta festa toda aqui na cidade porque nós merecemos relaxar um pouco depois de tudo o que passamos aqui”, comentou Luiza. “Eu que já tinha reservado a barraca aqui no Parque tive até medo que cancelassem a prova”, desabafou.

E o Rota Sul não só não foi cancelado como trouxe a reboque uma onda de solidariedade dos pilotos com os desabrigados do ciclone. Mobilizados pela organização foram várias as equipes que trouxerem alimentos, além dos caminhões de telhas (material mais em falta na cidade) oferecidos pela Dunas Race.

Este texto foi escrito por: Tuca Paraopeba/Webventure