Foto: Pixabay

Exibicionismo e excesso de confiança só atrapalham

Redação Webventure/ Offroad

Aventura: sucesso imprevisto, risco, acaso; Aventureiro: que se arrisca. Essas são as definições do dicionário sobre os dois termos mais usados para os esportes em natureza ou extremos. Em ambas as palavras, o risco está entre os significados.

Se não dá para deixar de correr perigo, é possível controlar esse risco. E esta é a função da segurança no esporte. O tema é tão importante que ganhou espaço no Adventure Congress, da Adventure Sports Fair. Infelizmente, a palestra não teve sala lotada.

Na tarde de ontem, Luiz Martinez discursou durante pouco mais de 1 hora sobre as causas de acidentes, quais os itens fundamentais para evitá-los e a imagem negativa que a aventura ainda carrega. Montanhista há 12 anos, ele é proprietário da Saga Trek, empresa que proporciona treinamento outdoor. “A segurança tem de ser sempre preventiva. Quando é corretiva, é tardia”, ensina.

Os tipos de risco – Para Martinez, existe o risco inerente ao local da prática desses esportes, a natureza; o risco pela prática de determinada atividade, próprio de cada esporte e atrelado aos seus equipamentos; e há o ´comportamento de risco’. “As modalidades de aventura são muito bonitas, muito plásticas. Muita gente quer apenas se exibir e isto é um comportamento de risco, mancha a imagem desses esportes”, comenta.

Frases ditas por Martinez como “a experiência não diminui o risco”, “tenha humildade para aprender”, “esteja sempre treinando e se reciclando” soam como uma bela cutucada em quem se acha ´veterano´ da aventura. Isso porque, segundo o palestrante, a maioria dos acidentes acontecem nas atividades mais simples, como o rapel (técnica de descida na escalada). “As pessoas baixam a guarda, negligenciam a segurança e abrem espaço para que algo errado aconteça.”

Ele também é firme quanto ao uso de equipamentos, cuja escolha, manuseio e manutenção são fundamentais para a segurança da atividade. “Numa feira como a em que estamos, há centenas de equipamentos oferecidos, você pode comprar o que quiser. Mas saber usar é mais importante do que ter”, afirma.

Como escolher? Primeiro aprenda o que é necessário à modalidade e como o produto funciona. Na hora de comprar, Martinez lembra: “nem sempre o mais caro é o melhor”.

Com quem eu vou? – Para tomar a decisão certa na hora de optar por uma operadora, ele adverte que o preço mais baixo pode ser sinônimo de cuidados a menos. “Suponhamos que duas empresas oferecem cânioning. Por um preço, uma delas oferece a atividade com segurança. Outra cobra mais caro, mas além dos itens básicos está ocupada com a melhor roupa de neoprene, joelheiras, etc, para evitar arranhões ou que o cliente fique com frio. Esta diferença pode ser importante.”

E sobre termos de responsabilidade que algumas operadores exigem que seus clientes assim, isentando-as: “são um argumento na defesa da empresa no caso de um acidente, mas dificilmente tiram a responsabilidade dela. Você pagou por um serviço e ela é obrigada e lhe oferecer tudo com a máxima segurança.”

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: fevereiro 22, 2017

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