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Expedição Brasil Solidário (parte 2)


Vista aérea do caniôn Fortaleza (foto: Alexandre Vianna)

Confira abaixo a segunda parte da história de Alexandre Vianna e Patrícia Candelária e sua expedição pelo sul do Brasil

A magia dos cânions

Fomos conhecer a Serra do Rastro que leva a São Joaquim e viajamos pela Serra da Rocinha para alcançar Cambará do Sul, já no RS. Cambará é o ponto de partida para se conhecer os Parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral. Visitamos o cânion de Itaimbezinho, com suas encostas de pedra viva e já com uma infra-estrutura de Parque (entrada R$ 6,00, estacionamento R$ 5,00 e guia para o Cotovelo R$ 3,00 por pessoa).

Chegamos no cânion Fortaleza, que pertence ao Parque Nacional da Serra Geral, mas não conta com nenhuma infra-estrutura. Caminhar à beira do abismo Fortaleza é de tirar o fôlego. Este é considerado o maior cânion da América Latina e sua beleza crua é insuperável.
Observamos que nesses passeios pelos cânions deve-se tomar muito cuidado, pois o clima na região é muito instável e em questão de segundos a neblina toma conta do lugar, reduzindo a visibilidade para alguns metros apenas. Saímos da região serrana pela Serra do Faxinal (paramos para apreciar o cânion dos Índios) e voltamos ao litoral até as cidades de Mostardas e Tavares.

Seguindo a revoada

De Tavares entramos no Parque Nacional da Lagoa dos Peixes. Dirigimos pelas dunas e praias até o farol de Mostardas, onde se encontra a sede do Ibama. Esse Parque serve para descanso e abastecimento das aves que migram do Ártico em direção ao pólo sul. Um lugar belíssimo onde a vida voa solta!

Continuamos, com os dias contados, pela famosa “Estrada do Inferno” em direção ao Chuí. No caminho até Bojuru fomos distribuindo presentes para os moradores da estrada (José Brauler e seus amigos, Geison, Dona Joana e sua família). Em Bojuru resolvemos seguir pela praia, apesar de não sermos aconselhados. Mas a estrada do inferno estava realmente um inferno: areia quente e buracos, que fazia o tempo passar sem que saíssemos do lugar!

Já em São José do Norte, pegamos a balsa para Rio Grande e fomos para Cassino (considerada a maior praia do mundo, cerca de 200 km). Entramos pela praia e foram 200 km até Chuí! No caminho encontramos grupos de golfinhos nadando, bandos de aves das mais diversas espécies, um farol desmoronado pelas forças do mar, creio! Uma embarcação naufragada na praia e um leão marinho, que resolveu se coçar na praia e deu seu show! Isso sem contar os pescadores de Rural, isso mesmo, Rural. Por aquelas bandas pescador não tem barco, mas sim um carro, normalmente uma Rural, com a qual vai andando ao longo da praia retirando as redes que montou anteriormente. Já os mais organizados, vão de caminhão!!!

Finalmente o Chuí

No Chuí, surpresa! Nada pra fazer! Atravessamos a fronteira para o Uruguai e fomos conhecer a fortaleza Santa Tereza. Acabamos por descobrir um imenso parque na parte de trás da fortaleza onde Uruguaios de todos os cantos acampavam. Sacamos nossa “casa” e desfrutamos uma noite com nossos vizinhos!

Iniciamos nossa volta passando pelo banhado Taim, considerado o “pantanal gaúcho”. Lá conhecemos o Seu Mario e sua neta que tinha ficado cega aos dois anos de idade. Foram muitos presentes e conversa. Vimos muitas capivaras, jacarés e aves que realmente dava a impressão de se estar num mini-pantanal!

Passamos por Caçapava do Sul, com sua pedra do Segredo e Guaritas encontramos quatro irmãos para dar nossos quatro teletubbies! Fomos até Santo Angelo onde visitamos um abrigo de velhinhas e fizemos questão de dar os presentes diretamente nas mãos de cada uma. O contentamento e felicidade delas em nos ver ali, nos deixou comovidos.

Em São Miguel das Missões, assistimos um show de som e luzes apresentado no início da noite, nas ruínas de Missões. Um lindo espetáculo que conta a história dos jesuítas espanhóis e suas missões na época da “colonização” do Brasil.

Chegamos a Foz do Iguaçu pela Estrada do Colono após uma travessia de balsa do Rio Iguaçu e fomos visitar o Parque Nacional do Iguaçu, que acabava de inaugurar sua nova área de recepção aos turistas. As cachoeiras são belíssimas, únicas.

No dia seguinte conhecemos a hidrelétrica de Itaipú, obra de engenharia binacional de encher os olhos.
De Foz até em casa, foram 17 horas de viagem. Seis mil quilômetros percorridos. Exaustos, mas já pensando no próximo roteiro!!!

Gostaríamos de agradecer imensamente as pessoas e empresas que acreditaram em nosso projeto e nos deram o seu apoio, e especialmente a todos os nossos parentes e amigos pelas suas doações e incentivos.

Este texto foi escrito por: Alexandre Vianna