Gil Piekarz integrante da expedição que parte amanhã para o cume do Everest. (foto: Divulgação)
A equipe da Expedição Everest 2001, formada por quatro escaladores cingapurianos e o brasileiro Gil Piekarz, parte amanhã para o cume da maior montanha do planeta (8.850 metros). Abaixo, você lerá a mais novo relato de Gil, direto do Everest. Para saber mais, acesse o site www.everest.org.sg.
A hora está chegando…amanhã partimos do Base para então tentar o cume. O previsto, se tudo correr bem, serão 7 dias daqui ao cume – 17/maio. Dois dias até o base avançado (6.600m), um dia de descanso, depois colo norte (7.100m), campo 5 (7.800m), Campo 6 (8300) e cume. Retorno em quatro a cinco dias.
Para o sucesso da expedição necessitamos que três variáveis sejam totalmente favoráveis: a nossa condição física; nossa condição fisiológica de suportar a extremas altitudes e o clima (sorte), precisamos que o tempo esteja bom, sem tempestades ou ventos fortes.
Também não podemos ficar esperando no ABC o tempo melhorar, pois não há recuperação física aquelas altitudes (6.600m), um ou dois dias tudo bem, mais que isso não. Escalar o Everest é um jogo um tanto difícil, não? Ficamos tanto tempo se aclimatando, subindo e descendo, e quando vamos para cima é tudo ou nada, o tempo é curto, precisamos contar com o ‘apoio da montanha’…acho que é ela quem decide, por assim dizer.
Dois dias atras, Rozani, Beng Cheong e eu tivemos umas pequenas “férias” de dois dias. Descemos a uma altitude de 4.400 m numa típica vila Tibetana. Foi maravilhoso ver o verde novamente (gramínias no fundo do vale), dormir numa cama e ficar de camiseta tomando um pouco de sol pela manhã. Ao longo dos vales existem inúmeras vilas tibetanas, agrícolas.
As construções são todas iguais, quadradas, de adobe, brancas ou beges e com as janelas e portas muito coloridas. As casas não têm telhado, apesar de ter cobertura por causa do frio e vento. Alimentação a base de arroz, ovo e legumes. Voltamos ontem e hoje é o dia de preparação para subir. Torçam e rezem por nós. Faremos o possível.
Gil Piekarz
Este texto foi escrito por: Webventure