Webventure

Expedições brasileiras progridem no Everest


Rodrigo Raineri com o Everest ao fundo em 2005 (foto: Vitor Negrete)

Depois de uma semana de nevascas, as expedições começam a progredir na tentativa de alcançar o cume. Um boletim de hoje da expedição Andalucia no site Everestnews informou que existem mais de 300 barracas montadas no Acampamento Base Avançado da face Norte da montanha, a 6.400 metros de altitude.

Os montanhistas deixaram o acampamento base no início da semana e começam a intensificar o processo de aclimatação, que consiste em subir e descer repetidas vezes, até o corpo se acostumar com os efeitos da altitude. Um outro boletim, da expedição conjugada da Irlanda do Norte e Inglaterra dizia que “o Acampamento Base mais parece uma cidade fantasma nesse momento”.

A face Norte da montanha é a rota escolhida pelos montahistas brasileiros Vitor Negrete, Rodrigo Raineri e Paulo e Helena Coelho. Vitor e Rodrigo chegaram anteontem ao Colo Norte do Everest e estão no Acampamento 1, a 7.100 metros de altitude.

Ataque – A dupla já faz planos para o ataque ao cume da montanha. “Se o caminho para o Acampamento 2 estiver legal, vamos tentar subir até lá ou chegar o mais alto possível. Em seguida desceremos para descansar e depois subir de novo. E aí, dependendo do clima, lançarmos o ataque ao cume”, disse Negrete.

Segundo ele, seu companheiro Rodrigo está ansioso para o ataque, mas com as últimas nevascas, o caminho pode estar difícil. A previsão é que a dupla desça até a cidade de Shegar e depois volte para o ataque entre os dias 15 e 17 de maio.

Dou outro lado da montanha, na face Sul, Ana Elisa Boscarioli está a 6.400 metros de altitude, no Acampamento 2. Ela passa pela aclimatação em sua primeira tentativa de alcançar o cume do Everest para poder seguir aos próximos acampamentos.

A médica fez uma caminhada até a parede do Lhotse, o quarto cume mais alto do mundo, vizinho do Everest. “A parede do Lhotse é onde os Sherpas estão montando nosso Acampamento 3. São seracs grandes blocos de gelo e tudo fica inclinado, perigoso. Para sair da barraca é preciso estar sempre com crampons. Este treinamento é necessário porque vamos passar por ali para chegar ao Colo Sul onde estará nosso Acampamento 4, o último antes do ataque ao cume”, comentou a montanhista.

Este texto foi escrito por: Webventure