Equipe 4×4: Heliomar Rogério Márcia e Ilka. (foto: Bob Wollheim/www.webventure.com.br)
Hoje, sábado, a turma do Expedition sairá depois da prova, ou seja, por volta das 11h30 da manhã. Nosso trajeto passa por parte do trajeto da Rallyzão, portanto ou saimos bem antes da prova ou depois dela. Como a prova saía hoje muito cedo (por volta da 7h), optamos por sair depois. Assim, conseguimos começar o dia mais relaxados, arrumando os carros, limpando um pouco o pó, descansando e jogando conversa fora.
O Expedition esse ano cresceu muito, são 101 participantes em 39 carros (contando os 8 da organização). Temos vários Land Rovers (110 e 90), várias L200, algumas Hilux e até carros como uma Pajero Full novinha da equipe Bandeirante Química. As equipes, em sua maioria, são formadas por duas ou três pessoas e geralmente de uma mesma família. Viajam esse ano Bob e Lu – pai e filha, Walter Fontana e o filho, Fred e seu filho a namorada e a irmã (em dois carros – Equipe Japauto) entre outras várias equipes familiares. Muitas equipes são formadas por casais que resolveram fazer férias diferentes. Entre eles, o Celso e a Fernanda que quebraram o carro ontem na trilha e que já conseguiram providenciar socorro e o conserto do carro para hoje lá em Palmas. O carro já seguiu para Palmas ontem.
Com um grupo tão grande, a organização sofre bastante para tentar manter tudo organizado. Não é tarefa fácil pois temos os mais diversos estilos de pessoas, desde os apressadinhos – em especial o Jean Pierre (Japauto), que escreveu não leu, está na frente de todos, até aqueles que ficam perdidos, pedindo os mais simples detalhes pelo rádio.
O rádio, diga-se de passagem, é um caso a parte. Rola de tudo, de piadas a broncas mas, em geral, o que mais tem é indicação da pista. Ontem o pessoal estava exagerando, avisando “vaca na beira da pista” ou “crianças olhando os carros” quando tanto em um caso como o outro, tudo isso se passava beeem longe da trilha em si. Mas tá valendo. Tivemos um exemplo onde a comunicação poderia ser mais eficiente: a Hilux se acidentou e os carros que passaram logo em seguida passaram a avisar do carro quebrado insistentemente.
Até o momento da nossa passagem, contudo, esqueciam de avisar que o acidente aconteceu por uma valeta enorme logo antes. Mais pro final da prova, o Manolo e a Tereza foram desviar da valeta (que a essa altura estava sinalizada com uns matos e galhos) e num zigue-zague maluco, entraram de frente no barranco. Nada de mais. Passageiros e carros bem, mas um belo susto. Manolo estava irritado ontem, achando que poderíamos todos ter orientado melhor pelo rádio.
Nós estamos hospedados no Exploranter – um hotel sobre rodas – e isso tem sido uma experiência à parte. Dormimos em pequenas cabines, mas muito confortáveis e, como o nível de cansaço ao final do dia é muito alto, pouco se ouve ou se nota dos outros 31 hospedes do Exploranter (todos dormem no mesmo lugar, cada cabine tem apenas uma cortinha de fechamento). Roncos e quetais passam despercebidos!
O Exploranter leva junto um Chef de cozinha, desta vez Marcio Honorato, do Mercearia do Conde, que está de férias do restaurante e veio cozinhar nos Sertões. Passamos muito bem graças ao Marcio! Marcio nos diz que o forno cominado (não sabemos muito bem o que isso quer dizer) é o must da cozinha do Exploranter. Diz ainda que é preciso uma combinação de praticidade e rapidez para atender a todos durante a prova. Podemos assegurar que está valendo muito a pena e que o trabalho do Marcio tem sido maravilhoso.
Este texto foi escrito por: Bob Wollheim
Last modified: julho 26, 2003