Torres (RS) O corpo chacoalha… a cabeça também. Tento fixar o olho na estrada e só vejo poeira. Meu novo amigo, Gilberto Almeida Sampaio, um sujeito simpático de 1,86 metro e 120 quilos, parece já estar acostumado a tanto solavanco. Nós dois estamos na Expedition, a categoria passeio do Rally Rota Sul. Um lugar onde ninguém quer saber de competição, mas se divertir. São homens, mulheres e crianças que durante quatro dias estarão na estrada em busca de aventura e lazer.
No primeiro dia, a nossa jornada começou às sete da manhã. Saímos de Torres com destino ao cânion de Itaimbezinho, um dos lugares mais bonitos do país. Meu novo amigo Gilberto vai ao volante. Estava feliz. Deixou de lado a empresa de consultoria imobiliária em São Paulo e partiu pela segunda vez para a Expedition. A primeira foi no Rally dos Sertões do ano passado. Eu, por outro lado, era a navegadora que nuca tinha visto uma planilha antes.
Até o final do trecho de asfalto, tudo bem. Mas quando começou a estrada de terra senti um misto de alegria, desespero e ansiedade. Gilberto acelerava entre paus, pedras e buracos. Pra piorar, o hodômetro da Toyota Hylux que ele dirigia estava como uma diferença de três quilômetros, em média, em relação à planilha. Somando esse probleminha e o meu despreparo, claro que nos perdemos. Na realidade, achávamos que estávamos no caminho errado e só depois de retornar uns 40 quilômetros nos disseram que a estrada era mesmo aquela.
As maravilhas
Depois de percorremos 80 quilômetros de estrada de terra entre trancos e barrancos, chegamos ao Parque Nacional de Aparados da Serra, uma área de 10.250 hectares repleta de araucária. A felicidade era geral. O que nem todos sabiam, incluindo eu e Gilberto, é que seria necessário um bom preparo físico para chegar de fato até o cânion de Itaimbezinho. Ao todo, eram seis quilômetros de caminhada ida e volta. Mas valeu a recompensa. O cânion, o maior do Brasil, tem quase 7 mil metros de extensão e dois quilômetros de largura. Uma imensa cachoeira desliza sobre as rochas cobertas por vegetação baixa e pinheiros nativos. É hora de posar para fotos.
De Itaimbezinho, seguimos outros 40 quilômetros até o cânion de Fortaleza. Gilberto tentava se desligar de tudo, mas assim que o celular dava sinal, lá estava ele resolvendo pendências ou tentando fechar algum negócio. Sempre ficam algumas coisas para resolver, mas acredito que é porque a tecnologia permite. Estou aqui nesse fim de mundo falando em outro país pelo celular. Mas nada disso atrapalha. Acho esse tipo de viagem uma higiene mental fantástica, diz ele.
Desta vez não precisamos caminhar tanto para chegar bem pertinho do cânion de Fortaleza. E ele é tão ou mais bonito que o de Itaimbezinho, apesar de ter as mesmas características. Camila Nielander, estudante de São Paulo, ficou encantanda. Unir a aventura, a velocidade e as belezas naturais em um único passeio é maravilhoso, diz ela. Outro detalhe que chamou a atenção da estudante é a maneira como o passeio é feito. Se tivesse guia, tudo certinho, não teria graça. O legal é que na Expedition você usa rádio comunicador e planilha, como em uma competição, afirma.
Na volta para Torres, passamos por inúmeros vilarejos e percorremos as areias da praia. Todos os 40 participantes, divididos em 13 carros 4×4, esperam agora o que virá nos próximos três dias até a chegada a Rio Grande, ponto final do Rally Rota Sul. Uma das atrações no sábado será a visita ao castelo de Pedras Altas, construído em 1905 e com quase 50 cômodos.
O Rally Rota Sul é organizado e promovido pela Dunas Race e tem supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM). O patrocínio é da Volkswagen Caminhões e Ipiranga. Co-patrocínio: Citrus Real e BF Goodrich. Apoio: Nera, Rádio Eldorado, Estado do Rio Grande do Sul, Binotto, Brazul, Yassuda Seguros e site Webventure.
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Este texto foi escrito por: Cláudia David/VipComm