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Fabrício Marquesi de volta ao rali


Fabrício Marchesi recebendo os primeiros socorros depois do acidente (foto: Divulgação/Vipcomm)

Rally dos Sertões, julho de 2004: o piloto goiano Fabrício Marchesi bateu sua moto de frente com a de Romeu Neto na especial entre Palmas e Araguaia (TO). Ambas explodiram, Marquesi teve fraturas na bacia e no joelho.

Baja Petróleo, março de 2005: ainda andando com dificuldades, o piloto sobe em uma Yamaha 450, alinha para o prólogo, acelera fundo e faz o melhor tempo. Os companheiros de prova e o público ficam impressionados com a recuperação do piloto em tão pouco tempo. “O segredo é a fé em Deus e muita força de vontade”, explicou o goiano.

Após o acidente, Marchesi foi operado em São Paulo para a reconstrução do joelho e ainda teve intervenções cirúrgicas no fêmur e na bacia. “Fiz um mês de fisioterapia e voltei para Goiânia, para descansar”, disse. Mas o destino previa outro desastre na vida do competidor. “Voltava da fazenda da minha família com meu irmão e sofri um acidente de carro, ainda estava andando de cadeira de rodas. Fraturei a ‘maç㒠do rosto.”

Os médicos deram um prazo de seis meses para ele voltar a andar, mas na metade do tempo Marchesi já tinha deixado de lado a cadeira de rodas. Um mês e meio depois, o piloto correu o Rally dos Amigos, “bem de leve, só pra não perder o ritmo”, comentou.

“O que me ajudou bastante foi o tratamento ortomolecular, a base de minerais para ajudar na reconstrução dos ossos”, disse. Além de muita persistência. “Com uma semana depois de operado já estava nadando”

O Baja Petróleo, abertura do Campeonato Brasileiro de Cross Country, foi a primeira prova grande do ano para o piloto. “Corri com uma moto preparada para cross, o que me ajudou no prólogo, mas acabou atrapalhando um pouco na trilha”, disse Marchesi, que desceu da moto sorridente, mas ainda mancando. Ficou em quarto na geral. “Foi melhor do que esperava.”

Este texto foi escrito por: Daniel Costa