Walter Bonatti quando mais jovem (foto: Arquivo)
Ele foi responsável pela abertura de diversas vias entre os anos de 1950 e 1960, participou da primeira e polêmica ascensão ao cume do K2, escreveu livros e atuou como jornalista. Aos 81 anos de idade, o italiano Walter Bonatti deixou um enorme legado para o montanhismo, falecendo ontem (13), em Roma, na Itália.
Entre as principais vias que abriu, está uma rota sudoeste para o Aguille Du Dru, no maciço de Mont Blanc, na França. Na mesma região, ele também foi o pioneiro do Grand Capucin, um pico de granito vermelho, alcançado quando tinha apenas 21 anos.
Entre as histórias de Bonatti, também se destaca a subida da face norte dos Grandes Jorasses, quando tinha apenas 18 anos, usando pouquíssimo equipamento.
Uma empreitada mais controversa foi a primeira escalada ao cume do K2, em 1954. Bonatti fazia parte da equipe liderada por Ardito Desio, junto com Amir Mahdi, Lino Lacedelli e Achille Compagnoni. Lino e Achille foram os únicos a chegaram ao topo, utilizando cilindros de oxigênio, mas o suprimento do gás acabou no caminho.
Achille acusou Bonatti, que estava carregando os cilindros, de ter usado parte do oxigênio, mas este sempre negou que tivesse feito uso do gás. Essa questão se arrastou por vários anos e os dois nunca voltaram a se falar.
Apenas em 2007, o Clube Alpino Italiano publicou o livro K2, Uma História Finita, que respaldou a versão de Walter Bonatti, limpando de uma vez o nome deste que é tido como um dos maiores nomes do alpinismo clássico.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi
Last modified: setembro 14, 2011