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Falta de vento prejudica regatas desta quarta em Ilhabela

Redação Webventure/ Vela

O Sorsa se deu melhor com o vento fraco (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
O Sorsa se deu melhor com o vento fraco (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)

Direto de Ilhabela – Nesta quarta-feira aconteceu a quarta regata da Semana de Vela de Ilhabela, disputa que teve percurso de média distância e foi marcada pela falta de ventos. O veleiro Oi/ Sorsa, de Eduardo Penido, foi o fita azul após mais de quatro horas velejando, mas no tempo corrigido a vitória ficou com o Touche/ Super.

A largada aconteceu com atraso de 40 minutos devido à falta de vento, mas no momento em que a comissão de regatas autorizou o tiro de partida havia cerca de 12 nós no Canal de São Sebastião. A primeira marcação que os barcos tiveram que contornar foi um poste de sinalização na Praia de Ponta das Canas.

O primeiro barco da Orc Internacional 500 a montar foi o Sorsa, seguido pelo Loyal/ Red Nose e pelo Touche/ Super, enquanto na S40 Cuci foi o primeiro, seguido pelo Mitsubishi e pelo Carioca. Já no retorno para a segunda bóia, na Ponta das Canas, o vento começou a diminuir e os barcos começaram a se espalhar pela raia na busca de melhores condições.

A Comissão de Regatas decidiu encurtar o percurso na segunda montagem da segunda marca para algumas classes, mas os Orcs e os S40 seguiram de volta para as proximidades do Yatch Clube de Ilhabela e enfrentaram mais problemas com o vento. O Mitsubishi fez um trajeto mais próximo de São Sebastião, mesmo caminho seguido pelos outros três barcos da S40.

Já o Sorsa se manteve mais pelo meio da raia e praticamente estacionou. A medição oficial era de um nó de vento, mas alguns veleiros quase chegaram a dar marcha ré. Após algum tempo boiando, o barco comandado por Eduardo Penido encontrou um vento suficiente para levá-lo a cruzar a linha de chegada em primeiro com o tempo de 4h36min02.

“O vento acabou antes de cruzarmos a linha de chegada. Acho que a Comissão deveria ter sido um pouco mais safa em não colocar a chegada onde não tinha vento”, comentou Penido. “Sem dúvidas eles deveriam ter encurtado o percurso, assim como fizeram com outras classes”, completou.

O segundo barco a cruzar foi o Loyal e o terceiro o Touché, após uma acirrada disputa nos metros finais. Para evitar ser protestado pelo adversário, o veleiro de Ernesto Breda optou por pagar voluntariamente um 720°. “Fomos muito bem no começo, mas na volta o vento começou a variar e perdemos contato com os da frente”, lembrou Breda. “No fim recuperamos de novo e chegamos numa situação muito apertada com o Loyal. Como o Bochecha alegou que iria protestar, achamos melhor não arriscar e já pagamos”, enfatizou.

Já segundo Bochecha, tático do Touché, o Loyal tentou passar sem ter o direito de passagem e eles fecharam a porta. “Eles não precisavam ter corrido esse risco, estão com o campeonato na mão. Ele fez bem em pagar a penalidade alternativa, então está tudo isento e não vamos protestar”. Ele contou ainda que a falta de vento fez com que a regata se tornasse uma loteria. “Teria sido melhor encurtar na Ponta das Canas do que fazer essa chegada. Tentamos entrar no vento pelo baixio e encalhamos várias vezes”.
Após os tempos corrigidos, a vitória do dia ficou com o Touché, seguido pelo Loyal e pelo uruguaio Negra, comandado por Juan Ball. Já no acumulado geral após quatro regatas disputadas, o Touché e o Loyal têm oito pontos perdidos, mas o barco de Breda fica com o primeiro posto no critério desempate. O terceiro colocado é o Sorsa com 15 pontos perdidos.

No acumulado da S40, o Cuci 5 assumiu a liderança com sete pontos perdidos e deixou o Mitsubishi em segundo com oito, o Patagônia com 12 e o Carioca com 13. “Largamos muito bem, mas no vento de popa o Mitsubishi nos passou, o Carioca também e viramos na Ponta das Canas em terceiro. Na volta vimos que os dois estavam parados e avançamos com o Touché e o Loyal pela direita, onde tinha mais vento”, contou o atual líder Jose Esteves. Ele disse ainda que foi necessário passar a linha de chegada e depois voltar antes de cruzar. “Foi uma das regatas mais difíceis da minha vida”.

Já para Torben Grael, tático do Mitsubishi, o tempo que eles ficaram parados no buraco de vento custou o quarto lugar na regata dessa quarta-feira. “No final o vento parou e quando entrou foi mais pelo lado de fora e acabamos nos prejudicando. Tentamos velejar mais pelo lado direito até onde a profundidade permitiu”.

A 36ª edição da Semana de Vela de Ilhabela prossegue amanhã com mais duas regatas barla-sota programadas para o meio dia.

Este texto foi escrito por: Alexandre Koda

Last modified: julho 8, 2009

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