Ceará (também conhecido como Salsichanegger), Kiwi, Mazza, Boneca, Tatu, Quim e Alemão – eles são os tetracampeões brasileiros de rafting. Estamos falando dos integrantes da Canoar Master, que se diferencia das demais equipes por ter chegado mais perto do profissionalismo, conquistando apoios estampados nos equipamentos e uniformes dentro e fora da água, e mostrando a preocupação com todos os aspectos esportivos, da seriedade à disciplina. Mas certamente o time tem momentos de descontração e nessas horas surgem apelidos, brincadeiras e se conhece melhor quem está nesse bote vencedor.
A equipe se formou há cinco anos e desde 96 vem ganhando tudo no Brasil. O auge até agora foi a participação no Mundial de 99, na África do Sul, quando terminaram na sétima colocação. Hoje sete personalidades diferentes convivem diariamente com o objetivo de ir ainda mais longe. “O que falta é o dinheiro”, resume o capitão Maurício Ferani. Houve ocasiões, como no último Latino-americano, na Costa Rica, em que treinaram e na última hora não houve verba para levar todos ao evento.
Contra a correnteza – Dar espaço ao rafting também é um desafio. Parte da equipe é formada por guias e professores da modalidade, mas alguns têm empregos fora do esporte, além de ter de encontrar tempo para cuidar dos filhos. “O desafio é reunir todo mundo para entrar no barco e pensar só em remar”, diz Maurício Borsari.
Nitidamente, a união e o respeito mútuo seguram a Master. “Cada um tem um jeito e uma papel importante no time. O Maurício segura o alto-astral, o Tatu é o paizão”, conta Caco, quase um porta-voz da equipe, definido pelos companheiros como o mais ‘pé no chão de todos’, atendo aos detalhes. Ele substitui desde o ano passado um dos fundadores da Master, José Roberto Pupo.
Na outra ponta, Fred trouxe mais ânimo para o time, o experiente Quim às vezes é explosivo e Juneca “quase sempre exagera na animação e fala bastante para um cara que rema no meio”, entrega Caco. Paolo é o mais novo integrante, tendo chegado ‘há três semanas’ e ainda não estreado em competições. Com esse conjunto, o novo objetivo da equipe é retornar ao Mundial.
Legenda – E o que falta para a Master despontar lá fora? “Treinar mais, isso vai de um esforço nosso e de termos o esperado patrocínio. Estamos na luta”, resume o capitão. Em tempo, ele é o Tatu; Juneca, o Boneca (ou Soneca… a explicação é que o primeiro apelido gera confusões); Paolo, o Kiwi; Fred, o Mazza (de Mazzaropi); Alemão é Maurício Borsari e Caco reúne vários apelidos, incluindo Ceará e Salsichanegger (“o filho do Schwarzenegger).
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira
Last modified: junho 19, 2000