Em sua terceira volta ao mundo, a Família Schurmann já percorreu aproximadamente 10 mil milhas e tem mais 30 mil pela frente. Os tripulantes trabalham bastante mas também se divertem muito no quintal de casa: o mar. Veja o relato de Wilhelm Schurmann sobre a relação da viagem com os esportes aquáticos:
Quando o mar vira seu playground, local de trabalho e, também, área de lazer!
Em 1974, durante uma viagem que haviam ganhado de presente, meus pais fizeram seu primeiro passeio de veleiro. Lá, no paradisíaco mar do Caribe, tomaram uma decisão que afetaria o futuro deles e de todos nós: em dez anos, eles retornariam com os filhos ao Caribe no próprio veleiro da família. Detalhe, eu nem tinha nascido ainda e meu destino já estava sendo traçado (ainda bem).
Três anos depois, apareci! Nasci com meus pais e meus irmãos mais velhos se preparando para a realização daquele sonho comum. Assim, dei meus primeiros passos e, bem pequeno, comecei a participar desse momento também. E foi assim que, aos 7 anos, eu deixava de ser um garoto que brincava no quintal de casa em Floripa e descobria, em um primeiro momento, que o mar seria o meu novo quintal!
Minha primeira grande aventura durou dez anos! Nesse período, vivi no mar e, junto com a minha família, dei a volta ao mundo a bordo de um veleiro. Naturalmente, o mar que era meu playground tonou-se o ambiente perfeito para a prática de esportes e, consequentemente, virou meu local de trabalho. Aos 10 anos, me encontrei no windsurfe. De lá para cá, muita coisa bacana aconteceu: líder do ranking mundial de Formula Windsurfing por três anos; campeão sul-americano, norte-americano, Oceania; vice europeu, obtive mais de 24 títulos nacionais em diferentes categorias e conquistei o título de campeão nacional em cinco modalidades (Wave, Slalom, Formula, Velocidade e Longa Distância).
Há pouco mais de um ano, voltei a morar com meus pais a bordo de um novo veleiro, o Kat, nome em homenagem à minha amada irmã. Juntos, estamos realizando mais um sonho: a Expedição Oriente. E, também juntos, seguimos praticando esportes incríveis nos lugares mais inusitados do planeta! Pela primeira vez em 30 anos, estivemos na Antártica. E atleta que é atleta não teme o frio, ou melhor, o gelo! (risos) A gente se joga na água congelada mesmo e vivencia uma experiência fascinante: stand up paddle na Antártica! Sensacional!
Ao contar a minha história, na verdade, quero compartilhar com você, que não existe idade nem lugar certos para se entregar à liberdade e curtir um esporte aquático! Por isso, desde que partimos de Itajaí, em Santa Catarina, venho utilizando meu tempo livre para continuar treinando… e me divertindo, muito! Afinal, não é sempre que se pode praticar windsurf na Ilha de Páscoa ou na Polinésia Francesa, certo?
Antes de dizer até logo, quero aqui agradecer aos meus aventureiros favoritos: aqueles que me deram esse sonho de presente, meus pais Vilfredo e Heloísa, que também aproveitam a folguinha dos afazeres a bordo para praticar um esporte aquático!
Abraços, Wilhelm Schurmann
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: março 15, 2016