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Felipe Gomes, a grande promessa da escalada


Pequenino Felipe Gomes em ação. (foto: Divulgação)

Felipe Gomes Camargo tem apenas 14 anos, mas já é apontado como a maior promessa da escalada esportiva brasileira. Apesar da pouca idade, o garoto de São José do Rio Preto (SP) entrou para a história do Campeonato Paulista como o mais novo vencedor da categoria Master, graças ao triunfo na última etapa, disputada na Casa de Pedra, neste mês.

Por onde passa, Felipe conquista admiradores. Afinal, superar adversários bem mais altos, fortes e velhos que ele, num esporte como a escalada esportiva, não é tarefa para qualquer um. Ainda cursando a oitava série do primeiro grau, Felipe compete, em geral, com atletas a partir de 20 anos. Muitos deles estudantes de cursos como Educação Física.

Mas o vice-líder do Paulista de Escalada após três etapas mostra a todo instante que tamanho não é documento. “No começo ainda ficava um pouco tímido, mas agora sinto confiança e encaro numa boa ter que competir com o pessoal bem mais velho e alto do que eu”, explica, cheio de confiança.

A escalada começou na vida de Felipe por acaso. “Eu e meu irmão passamos em frente a uma parede de escalada lá em Rio Preto e achamos legal. Aí resolvemos começar a escalar”, relembra o menino de cabelos longos e braços e pernas finos. “Eu tinha nove anos quando escalei pela primeira vez. Desde então, não parei mais.”

Já se vão cinco anos de dedicação à escalada. E Felipe não poupa energia. Treina cinco vezes por semana e se diz um apaixonado pela modalidade Dificuldade. “Antes eu adorava jogar bola. Agora só quero saber de escalar”, admite a grande promessa brasileira.

E para justificar a confiança de dirigentes, treinadores e outros competidores, Felipe mostra que sonha alto. “Estou por dentro de tudo que acontece nos campeonatos mundiais. Quero ter a chance de um dia participar de uma etapa na Europa e fazer bonito”, avisa o garoto, que soma apenas um ponto a menos que João Ricardo Gonçalves na classificação do Paulista de Escalada.

Ainda assim, ele reconhece que as chances de faturar o primeiro título na categoria Master não são as maiores. Tudo porque a quarta e última prova do ano no campeonato será disputada na modalidade Boulder. “Não sou bom em boulder. Por ser mais novo, me falta força e acaba ficando mais difícil competir de igual para igual com os outros.”

Este texto foi escrito por: Jorge Nicola