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Filippo Croso comenta vertical nas Prateleiras

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Equipes rumo a Prateleira (foto: Divulgação)
Equipes rumo a Prateleira (foto: Divulgação)

Filippo Croso, editor de montanhismo do Webventure comenta as dificuldades que os corredores podem encontrar na subida das Prateleiras, no Parque Nacional de Itatiaia.

A maior dificuldade que os corredores podem encontrar é a própria região, onde o clima pode mudar rapidamente. “As condições durante o dia podem estar super favoráveis mas, ao cair da tarde, é freqüente baixar um nevoeiro espesso”, alerta Filippo.

Ele explica que não é sempre que isso ocorre, mas nevoeiros são comuns na parte alta do parque, e caso ocorra pode atrapalhar muito a navegação dos atletas. Além disso, independentemente da neblina, venta bastante no planalto de Itatiaia e nas montanhas.“O frio pode ser intenso, especialmente com uma frente fria passando e com o efeito da sensação térmica causado pelo vento”, afirma. “Nessas condições climáticas, que podem incluir também chuva ou garoa, os atletas tem que se cuidar para não correr o risco de entrar em hipotermia, especialmente estando cansados, se alimentando e dormindo pouco. Deve-se prestar muita atenção ao passar por essa região, e ter muito respeito com o meio ambiente”.

Ascensão e descida – Os competidores subirão pela face norte das Prateleiras, pela via mais conhecida por Cavalinho. Após chegar ao cume, descem de rapel pela face sul.

“O Cavalinho é uma “escalaminhada” (escalada caminhando) um pouco mais técnica que a subida pelo lado sul, que é mais tranqüila”, afirma. Filippo explica que os competidores provavelmente terão um tipo de corrimão feito por cordas para guiar a escalada pelo Cavalinho, o que facilitará bastante a ascensão, porém afirma que será necessário mesmo assim todos os cuidados que se deve ter ao subir uma montanha. “Uma das causas de acidentes nas montanhas é a pressa; não a rapidez, mas a ‘pressa’. São duas coisas diferentes”.

“O trecho do “Cavalinho” é uma aresta em que você senta com uma perna de cada lado, como se fosse um cavalo, por isso recebe este nome”, comenta Filippo. Outra dificuldade do percurso é logo após o “Cavalinho”, na chaminé que leva ao cume, mas com cordas fixas fica bem mais fácil, porém não menos arriscado, exatamente por ser mais fácil. Quando se enfrenta um trecho difícil, a concentração é total, mas nos trechos fáceis a concentração tende a diminuir, elevando o risco de acidentes”, completa.

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni

Last modified: novembro 13, 2006

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