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“Foi a etapa mais difícil que já corri”, diz Nilo de Paula, com 20 anos de off-road


Pilotos reunidos no briefing de sexta-feira (foto: Fabia Renata)

Marcado por etapa com muitas erosões, pó e rios, que provocaram muitas quebras nos veículos dos competidores, o Baja Pantanal foi considerado bastante difícil pelos participantes. O navegador Nilo de Paula, que compete há 20 anos, considerou esta a prova mais difícil que já fez.

Entre as vítimas da quebradeira houve a L200 de Ulysses Bertholdo e Alberto Zoffmann, com problemas com o pedal do freio e a mangueira do turbo. Assim a dupla não teve condições de largar para a segunda especial da derradeira prova deste Baja, realizada ontem (13/10).

Klever Kolberg e Lourival Roldan também tiveram desajustes com a tração o carro e, segundo Klever, “ficou com tração 4×1”. O radiador do carro de Guilherme Spinelli e Gilberto Barricati trincou e eles pararam 55 quilômetros antes do neutralizado no primeiro dia de provas, mas voltaram para a competição neste sábado.

Em compensação a todas estas quebras, Fernando Holanda, navegador do Troller de Roberto Macedo, disse que adorou a prova. “Foi uma das mais difíceis e melhores que já fiz.”

Tiago passa bem – O briefing realizado na noite de sexta para sábado foi agitado. Os competidores pediam melhorias para evitar mais um dia de quebras. O primeiro a falar foi doutor Alexandre, médico da prova, com informações sobre o bom estado do piloto de moto Tiago Fantozzi, que estava internado na Santa Casa de Campo Grande, em observação. Ele caiu durante a primeira etapa do Baja Pantanal.

Pilotos de moto e quadriciclo gostaram da prova, não houve críticas à organização. Já no briefing de carros, que aconteceu logo depois, alguns pilotos e navegadores estavam um pouco nervosos.

Erosão escondida – Édio Füchter disse que faltou sinalização em um trecho onde havia uma grande erosão. A Chevrolet S10 que ele pilota caiu na erosão. Segundo ele, a partir da trilha, não era possível ver o que tinha pela frente. Além disso, o piloto encontrou dois caminhões na contramão da prova. Depois de relatar o acontecimento para a organização, Füchter se levantou e deixou o briefing.

Em sinal de protesto a este mesmo fato, Nilo de Paula não largou no segundo dia de prova. Disse que se não tivesse visto Milton Pereira, navegador de Édio, dentro da erosão, também teria caído no mesmo lugar e por cima dos outros competidores. Luiz Durval, navegador de Luciano Cunha também reclamou da falta de sinalização no trecho.

Dionísio Malheiros, diretor de prova, ouviu todas as reclamações e prometeu modificações para o segundo dia. Uma delas foi a redução da quilometragem da especial, que passou de 250 para somente 180 km. Malheiros disse que quando organiza as provas, tem “a preocupação em fazer provas técnicas, uma vez que os pilotos são profissionais”.

Este texto foi escrito por: Fabia Renata