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Frio e atraso no rapel marcaram o segundo dia

Redação Webventure/ Outros

A Brasil 500 Anos na premiação (foto: Fábia Renata)
A Brasil 500 Anos na premiação (foto: Fábia Renata)

Depois de cumprir 15 km de remadas no floating, 17 km de pedaladas por subidas e descidas cheias de lama, 6 km de subida andando e puxando um cavalo e 230 metros de descida por rapel, os competidores da primeira etapa do Reebok Ecomotion Circuit entraram neste domingo no segundo dia de competição caminhando no Parque Nacional da Serra da Bocaina.

Segundo previsões da organização, as equipes que chegassem no topo da Pedra Redonda até às 17 horas de sábado, teriam o direito de descer rapelando até o PC 6 e, quem chegasse depois do horário, sofreria penalização de uma hora e seguiria direto para o PC 7. Também estava previsto que haveria três cordas para a descida e cada equipe teria direito a apenas uma corda, desta forma os mais lentos não prejudicariam os mais rápidos.

Mãos dadas no abismo – Mas, segundo Erich Felderbeg, integrante da equipe Rosa dos Ventos (junto com Andréia Catani e Emerson da Silva), não era isso que estava acontecendo quando a equipe chegou no topo da Pedra Redonda. Erich disse que eles chegaram lá em cima por volta das 16 horas e esperaram uma hora e meia para fazer a descida, pois a equipe que estava na frente ocupou as três cordas. Quando conseguiram descer, saíram no lugar errado, onde só tinha precipício, e, junto com outra equipe que estava na mesma roubada, conseguiram sair de lá, andando de mãos dadas na beira do abismo.

E não foi a equipe Rosa dos Ventos que teve problemas. Outras equipes que chegaram no topo da pedra depois do horário determinado tiveram que descer por trilha até o PC 6, que ficava no fim do rapel. A Lontra Radical, que já tinha conseguido recuperar posições, chegou na Pedra Redonda depois das 17 horas e ficou esperando duas horas, pois como estavam caindo muitas pedras durante a descida, a organização só deixava descer uma equipe por vez. Depois de aguardar, a Lontra recebeu a informação de que teria de descer a pé até o PC 6. E foi aí que a corrida acabou para eles, pois perderam muito tempo.

Para Vítor Teixeira, capitão do time – vice-campeão da EMA 99 -, o trekking não estava difícil, “o que complicou mesmo a equipe foi ter errado no trecho de bike”, e eles erraram por talvez terem subestimado o percurso e acabaram se perdendo.

Zero grau – Na noite de sábado, o frio chegou a zero grau. Os competidores tiveram de caminhar a noite inteira dentro do Parque Nacional e passar pelos PCs 7, 8, 9, 10 para chegar ao 11 (também AT 3), onde pegariam as bikes novamente. Mas o cansaço bateu e algumas equipes pararam para dormir, como a da Sportv (Roberto Nunes Ermel, Maria Clara Vergueiro e Eleonora Defilippi Audra), que acabou resgatada no PC 7.

Única na categoria Expedição, a primeira equipe que terminou o trekking foi a Brasil 500 Anos, de Uriel Santiago, Leonardo Gontijo e Laura Furtado. Eles chegaram ao PC 11 por volta das 8 horas (o previsto era 1h30 da madrugada!). Pela frente, mais 40 km de bike até o PC 13/AT 4, onde novamente pegaram um cavalo e cumpriram mais 8 km de ride´n´run até a Fazenda Vargem Grande, local da chegada.

Aos poucos, as equipes foram chegando ao PC 11. Lontra Radical, Sportv, Bicho do Mato, Iancatu ficaram por ali e não completaram a prova. Na Fazenda Vargem Grande, os times começaram a chegar no fim da tarde. A informação oficial era de que a única equipe a cumprir os 120 quilômetros da prova teria sido a Brasil 500 Anos, que foi premiada como campeã no geral. A equipe Papaléguas (Adhemar Filho, Pedro Guimarães e Cláudio Vidigal), que liderou a prova até o rapel, não havia chegado até o momento da premiação, mas recebeu o prêmio de equipe-revelação.

Este texto foi escrito por: Fábia Renata

Last modified: agosto 21, 2000

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