Moss (esq) e Imahashi na chegada ao Japão (foto: Arquivo Asas do Vento)
O aviador Gerárd Moss, dando continuidade ao projeto Asas do Vento, que pode ser acompanhado on line no Webventure, levou um susto ao ser interceptado no Japão durante a volta ao mundo num motoplanador.
No domingo (05/08), o brasileiro decolou da ilha Sakhalin, na Sibéria, para Niigata, na ilha japonesa de Honshu. O vôo já tinha a aprovação das autoridades aeronáuticas japonesas, mas esta é uma área fronteiriça muito sensível entre os dois países, com bases militares altamente armadas de ambos os lados devido a velhos conflitos territoriais.
Enquanto Gérard estava tentando transmitir uma fala ao vivo para o programa Fantástico, próximo à ilha japonesa de Hakkaido, ele foi interceptado por dois caças japoneses. Foi perto deste local que, em 1983, um 747 da Korean Airlines, voando em área proibida na Rússia, foi abatido por um caça Sukhoi, após não responder aos repetidos contatos de rádio feito pelo piloto russo.
Tensão – Foram vinte minutos de tensão, com os caças rodando o motoplanador. Após muitas conversas pelo rádio com os controladores, ele foi liberado para prosseguir até seu destino e os caças voltaram para sua base. Em terra, Gerárd foi recebido por Issei Imahashi, piloto com quem ele se corresponde há algumas semanas via internet.
“Ele foi fundamental na obtenção da permissão de pouso no Japão e veio até Niigata para me receber, voando seu motoplanador Taifun. Sua ajuda foi indispensável em todos os trâmites, e no dia que cheguei, me levou para jantar como só podia ser maravilhosa comida japonesa”, escreveu o brasileiro, em seu diário de bordo no site da expedição (leia na íntegra), o www.asasdovento.com.br
O projeto Asas do Vento conta com o patrocínio da Embratel, Victorinox, e a parceria do Grupo Aeromot e do Banco Santos.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: agosto 8, 2001
