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Guarapari

Redação Webventure/ Mergulho

A visibilidade média é de  no mínimo  12 metros (foto: Ricardo Stangorlini)
A visibilidade média é de no mínimo 12 metros (foto: Ricardo Stangorlini)

Concentrando os melhores lugares para mergulho no Espírito Santo, as águas dessa pequena cidade capixaba têm nas ilhas e nos naufrágios algumas de suas atrações. Além disso, a proximidade com a plataforma continental faz da região um dos melhores locais do mundo para a pesca oceânica.

A colonização de Guarapari, um dos municípios mais antigos do Espírito Santo, começou em 1.569 e a cidade guarda até hoje traços de seu passado religioso, com igrejas e festas populares. Nos meses quentes, sua população passa de 70 mil para 700 mil habitantes. Os calçadões são tomados por turistas que buscam o ar marinho, rios cachoeiras e as belas enseadas desse litoral próximo a Serra do Mar.

Ao Norte, está o Parque Estadual Paulo Cesar Vinha, preservando dunas e diversas praias. A cidade é cortada por um canal de onde partem barcos de pesca e escunas que levam muitos turistas para a região das Três Praias, um lugar que além de bonito, oferece ótimas moquecas capixabas, que, ao contrário das baianas, não levam óleo de dendê.

Outro ponto na região é o arquipélago das Três Ilhas, que faz parte da Área de Proteção Ambinetal de Setiba (APA de Setiba), uma unidade de conservação de uso sustentável, o que implica cuidados na sua utilização.

Surpresas – Os mergulhos em Guarapari trazem surpresas. Os nutrientes trazidos pelo fenômeno da ressurgência aumentam ainda mais a diversidade marinha, criando condições para a proliferação de corais, esponjas e peixes tropicais com uma visibilidade média de, no mínimo, 12 metros.

Três Ilhas – O local é ideal para iniciantes e para provas de mar. A enseada oferece boas condições para mergulhos na costa da ilha e noturnos. Pedras e corais servem de habitat para diversas espécies de peixes tropicais, além de ser comum encontrar linguados raias e tartarugas. No limite das rochas com a areia, a visibilidade é de sete metros, podendo atingir 12. As ilhas fazem parte da Reserva Estadual de Sepetiba e oferecem lindas paisagens na superfície.

Ilha escalvada – É o local mais freqüentado pelos mergulhadores. O lado sul oferece um bom abrigo ao vento nordeste predominante, proporcionando um mergulho tranqüilo entre cabeços de corais e rochas que formam pequenas tocas com grande quantidade de peixes tropicais. No outro lado da ilha, a paisagem é diferente, com pedras que formam grutas e corredores. O mergulho é feito na correnteza, sem que o barco ancore, o que o restringe aos mais experientes.

Ilhas Rasas – É um conjunto de lajes que oferece pouco abrigo para as embarcações. Por estarem afastadas do continente, propiciam melhor visibilidade e vida marinha mais preservada. O mergulho aqui depende das condições do mar e está sujeito a fortes ondulações e correntezas.

Do lado de fora, encontra-se o naufrágio Veleiro Enseada, onde é possível reconhecer restos de sua estrutura. A profundidade chega a atingir mais de 20 metros.

Naufrágio do Reboque – Um tipo de balsa que estava sendo rebocada e afundo, por causa desconhecida, a 38 metros de profundidade. A estrutura ocupam uma área de 25 metros quadrados, onde pode-se encontrar o cabo de amarração na proa, com vários metros de comprimento. É um mergulho avançado em mar aberto e com tempo de fundo reduzido, devido a profundidade elevada.

Naufrágio do Faria Lemos – Um cargueiro de madeira inglês onde ainda hoje pode-se encontrar porcelanas, talheres, peças de bronze e outros artefatos. As principais estruturas se encontram no raso e podem ser observadas em um mergulho tranqüilo e relaxado, assim como parte da carga composta por barris de azeite e óleo. Por estar próximo a costa, a visibilidade é limitada e a profundidade não ultrapassa os 12 metros.

Naufrágio do Bellucia – É considerado o melhor lugar de Guarapari e um dos naufrágios mais bonitos da costa brasileira. O Bellucia afundo depois de bater em um parcel na noite de 15 de fevereiro de 1.903. Como a vida marinha já era rica no local, o navio serviu como um gigantesco atrator de peixes, se transformando num belo recife artificial.

Ao afundar, a embarcação se dividiu em duas partes, por isso não é possível conhecê-lo em apenas um mergulho. A região é freqüentada por raias-jamantas e golfinhos, sendo que até baleias Jubarte já foram avistadas por ali.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: maio 7, 2002

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Redação Webventure
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