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Guiga Spinelli elogia carro após pneus furados e dunas no Dakar


Um dos pneus furados de Guiga e Marcelo (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)

Sem contrariar o que a maioria dos pilotos disseram ao final da 5ª especial do Dakar, nesta quarta-feira (7), Guilherme Spinelli, que comanda o carro que era do tricampeão Stepháne Peterhansel, afirmou que o dia mais difícil do rali chegou e que a partir disso, o Dakar se realmente começou. Porém, para ele, o grande responsável pelo bom resultado alcançado, a 12ª colocação no dia, não foi nem ele nem seu navegador, e sim o carro número 322 da Mitsubishi.

“A parte de duna final foi difícil, mas não foi a mais dura. Antes tiveram muitas estradas de areia com inúmeras pedras, que misturadas na areia e no pasto não dava para enxergar. E logo no início da prova tivemos dois pneus furados e diminuímos o ritmo a partir disso porque só tínhamos mais um step e ficamos com medo de perdê-lo também. Já estávamos conformados em comboiar com os carros que já tinham nos passado”, contou o piloto no parque de apoio.

Guiga contou que o primeiro pneu furado foi por volta do quilômetro 200, quando eles já haviam ultrapassado um carro que havia largado na frente dele. Na parada para a troca, foram ultrapassados não só por essa BMW, como também por Jean Azevedo e por mais uma dupla da Nissan. De volta à trilha, eles ultrapassaram as duas últimas duplas e recuperaram a posição, quando mais uma pedra apareceu no caminho deles furando o segundo pneu e os colocando de volta atrás. “Decidimos baixar o ritmo porque tinha muita especial pela frente. Viemos tranqüilos e conservadores”.

Quando eles pensavam que poderia piorar, nas dunas, o carro da Mitsubishi os ajudou. “Demos sorte e passamos bem nas dunas. O carro é sensacional, ajuda muito. Tivemos facilidade em passar graças à capacidade e qualidade do carro”, elogiou ele afirmando estar bem cansado, com os ombros doloridos e buscando recuperação para a especial desta quinta-feira (8).

Spinelli rendeu-se aos elogios para o carro, que, de acordo com ele, permitiu que a dupla alcançasse o bom resultado do dia. “O carro é incrível. Tudo o que eu tentei fazer ele permitiu. O ângulo de ataque dele é fantástico. A tração dele é fantástica. O equilíbrio e o centro de gravidade também, porque é muito baixo e você anda nas dunas de lado, inclinado, e o carro corresponde ao que você quer fazer. A minha inexperiência como piloto de duna foi totalmente compensada pela capacidade do carro”, falou.

“O verdadeiro dia de Dakar foi hoje. Nunca fiz uma especial tão longa, em tempo, nem tão dura. Agora entramos no Dakar de verdade”, finalizou.

Deslizes – O navegador Marcelo Vívolo afirmou que a dupla ainda está aprendendo bastante e que eles estão crescendo durante o Rally Dakar.

“Seria anormal na nossa primeira experiência de Dakar e em dunas fazer tudo certinho. Não cometemos erros, mas sim deslizes que podem ser evitados nos próximos dias, mas de uma maneira geral fizemos um trabalho muito bom, melhor que o esperado”, disse.

Este texto foi escrito por: Redação Webventure