Sandro Hoffmann conseguiu o vice no último dia (foto: Rodolfo Bazetto/ Webventure)
O catarinense Guilherme Cascaes é o campeão da 25ª edição do Cerapió, após chegar em primeiro em Teresina (PI), na tarde desta sexta-feira (27). O piloto liderou a competição desde o primeiro dia e largou para a última etapa com 34 pontos de vantagem para o segundo colocado.
Seu principal concorrente, o conterrâneo Daniel Crema, teve problemas em sua moto e não completou a ultima etapa de ontem, sendo penalizado. Daniel conseguiu uma outra moto emprestada para finalizar o rali, mas foi penalizado e terminou na terceira colocação geral.
Sandro Hoffmann, o maior vencedor da história do Cerapió nas motos, foi o segundo colocado. Ele se manteve em terceiro durante toda a prova, mas venceu as duas etapas de hoje e após os problemas de Daniel Crema conseguiu o vice. Os resultados são extraoficiais.
Impressões. Para o campeão, o bom resultado no começo da competição tornou a prova confortável. Como ganhei os três primeiros dias, larguei hoje tentando administrar a vantagem. Ainda errei em alguns pontos, mas nada que conseguisse comprometer a distância que consegui no começo da prova, explicou Cascaes. Eu vim muito dedicado e consciente para essa prova, principalmente na navegação, que é o principal dela. Nada melhor que começar o ano vencendo, comemorou o catarinense.
Já Sandro queria mais dias de prova para tentar tirar a desvantagem. Se o Cerapió inteiro fosse como hoje, eu estaria muito bem na classificação. Consegui vencer as duas etapas. Foi realmente um dia de enduro e não um rali de balaios como os outros, usava mais pilotagem do que acertar o caminho. De qualquer forma, estou satisfeito com o resultado, avaliou.
Daniel Crema lamentou a falta de sorte no fim da prova. Estou contente porque fiz uma prova perfeita, não errei em nada. Só que também não ganhei. Tive essa infelicidade com a moto ontem e perdi a segunda colocação para o Sandro, disse ao chegar em Teresina.
Dificuldades. Foi um consenso a maior dificuldade da prova, como o próprio Sandro Hoffmann definiu: esse foi o Cerapió da navegação. Cheio de pegadinhas e com referências muito próximas. O capixaba tem dez anos de experiência na prova e afirma que ainda há o que aprender. Aqui foi uma grande escola, principalmente na quinta etapa. Eu tomei um coro, literalmente, como se fosse um novato, em um trecho. Havia um erro na planilha, mas muitos competidores acertaram mesmo assim, só que eu perdi muito tempo até acertar, admitiu.
Mesmo ganhando com folga, Guilherme Cascaes afirma ter sofrido com a planilha. A navegação foi a minha maior dificuldade. Geralmente as provas do não tem tanto laço. Aqui como os três primeiros dias passaram em regiões com poucas trilhas, a organização fez muitos laços para diferenciar os pilotos, opinou o campeão,
O Cerapió 2012 teve cerca de 1 mil quilômetros de prova, saindo de Fortaleza (CE) e pernoitando nas cidades de Trairi e Sobral, no Ceará, e Pedro II e Teresina (PI), local da chegada.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa, direto Teresina (PI)
Last modified: janeiro 27, 2012