Foto: Pixabay

Gustavo Selbach fala sobre a desclassificação de Poliana de Paula

Redação Webventure/ Rafting e canoagem

O canoísta Gustavo Selbach, considerado cinco vezes o melhor atleta da Canoagem Slalom pelo COB, com participação nas Olimpíadas de Barcelona e Atlanta, e detentor de diversos títulos nacionais, mundiais e panamericanos, comentou para o Webventure sobre a desclassificação de Poliana de Paula na Olimpíada de Pequim, na prova desta sexta-feira (15), que tirou a Canoagem Slalom da disputa na China. (leia a matéria)

A Poliana teve uma navegação muito boa na fase classificatória e hoje, na final ela não conseguiu ter o mesmo desempenho que na prova anterior. Ela vinha muito bem até a porta quatro, e entre a porta três e a cinco era considerado o trecho mais crítico da prova. Depois da quarta ela teve um problema no refluxo que a tirou para fora da porta. Ela teve que voltar para contornar.

Para baixo ela fez uma navegação interessante. A pista de Pequim é muito forte e também ela teve um problema na última remonta, se não me engano a porta 20, a última porta contra-corrente que ela chegou muito próxima e tomou uma penalidade de 50 segundos.

A prova foi muito difícil para todas as atletas, tanto que a alemã Jennifer Bongardt ficou na última colocação da semifinal. Ela teve duas penalidades de 50 segundos. E na final não teve muita surpresa, quem levou o título foi a Elena Kaliska, da Eslováquia, que remou muito bem nas duas descidas. Em segundo ficou a Austrália e em terceiro a Violetta Peters da Áustria. Na prova final muitas falharam, inclusive a bicampeã olímpica, tcheca Stepanka Hilgertova que tomou três penalidades de 50 segundos, o que é muito para uma prova dessa, tira todas as chances de pódio.

Para a Poliana, a primeira participação olímpica foi muito boa e importante para se motivar para o futuro. É uma atleta nova e tem uma bela carreira pela frente, basta trabalhar bastante, ter apoio da federação de clube.

E é preciso, para se obter resultado melhor, um trabalho de continuidade de 4 anos e o Brasil peca por isso. A preparação terminal é muyito boa, mas é preciso um trabalho de quatro anos para se avançar, e quem sabe, uma final nos próximos Jogos Olímpicos.

Este texto foi escrito por: Gustavo Selbach, Especial para o Webventure

Last modified: agosto 15, 2008

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure