Amanhecer no Himalaia. (foto: Arquivo pessoal)
Em nova coluna, a alpinista Helena Artmann conta sobre sua última viagem. O destino? Nepal e Índia.
Viajar é sempre bom, seja para passar o fim de semana no meio das montanhas, seja para o outro lado do mundo, a fim de conhecer novas culturas e novos povos. Depois de um ano sem sair do Brasil, peguei novamente o avião e fui para o Nepal, com passagem “obrigatória” pela Índia. Meu vôo terminava em Delhi e de lá eu deveria me virar para chegar ao meu objetivo: o Nepal. Sem dinheiro, decidi ir por terra, que custava menos de um dólar por hora viajada, e fiz os cerca de mil quilômetros que separam Delhi de Pokhara, assim. Longa viagem…
O trem durou 18 horas e me deixou em Gorakhpur. De lá, um ônibus local me levou até a fronteira, em sacolejantes e barulhentas três horas. O brinde foi avistar o Himalaia da janela do ônibus, já no finzinho da viagem! Carimbei o passaporte de um lado e do outro da fronteira, com carrancudos indianos e sorridentes nepaleses. De Sunauli, já no Nepal, parti no dia seguinte para 300 km de ônibus, feitos em inacreditáveis dez horas! Quem disse que um sonho é fácil de realizar?
Paz e sossego – Chegar em Pokhara com tempo nublado foi uma pena e só no dia seguinte pude ver todo o explendor do Annapurna e do Machapuchare da janela do hotel! Aquilo é muito mais do que bonito… Foram dez dias curtindo a paz e o sossego desta cidade na beira de um lago e nas bordas do Himalaia. Mais seis dias na deliciosa bagunça de Kathmandu. Cansada do sacolejar dos ônibus e trens, peguei um vôo de Kathmandu para Delhi.
Um dia na Índia. O que fazer? A decisão foi conhecer uma das sete maravilhas do mundo moderno: o Taj Mahal. Valeu a pena. Foi difícil chegar, sim, como tudo que fiz na Índia, mas sua beleza impressiona. E, como toda viagem, foi uma verdadeira delícia chegar em casa…
Esta minha viagem contou com o apoio da KLM e da Trilhas & Rumos
Este texto foi escrito por: Helena Artmann
Last modified: janeiro 16, 2004