Depois de se instalarem no acampamento Base do Everest (5.200), o casal Paulo e Helena Coelho fala sobre as mudanças em relação à temporada passada. Para eles, a situação melhorou.
Olá,
a grande diferença no acampamento base este ano é que antes, junto do refúgio onde fica o oficial de ligação da Tibetan Mountaineer Association, estavam muitas barracas de tibetanos, que eram transformadas em lojas, bares, alojamentos, enfim, acabava se transformando em um grande “shopping center”. Há três anos isso trazia uma população muito grande de tibetanos aqui junto do acampamento.
E tinha alguns inconvenientes para nós. O primeiro era o barulho, porque se estava acampado próximo do refúgio dos chineses, que ficavam falando até tarde.
O segundo inconveniente era que acabava sendo uma população muito flutuante e começou a sumir coisas no entorno das nossas barracas. O terceiro fator negativo era que o staff, os cozinheiros, que atendiam a expedições como nossas no base tinha acesso muito fácil a bebidas alcoólicas, ou seja, era um inconveniente de forma geral.
Agora, eles colocaram essas barracas todas, esse shopping center, perto do Monastério de Rongbuk, e também lá eles estão atendendo todos os turistas que vem aqui para fotografar, visitar o campo base. O local dá mais ou menos uma hora e meia de caminhada até o acampamento base.
Para nós será um sossego agora.
Helena e Paulo Coelho, do acampamento base do Everest.
Este texto foi escrito por: Paulo e Helena Coelho