Cuidado ao fazer atividades físicas sob sol forte (foto: Divulgação/ Haroldo Nogueira)
O corpo humano em repouso e em ambiente controlado fica a cerca de 37 graus Celsius. Porém, ao se expor em ambientes extremos, como um deserto, ou geleira, os aventureiros podem se deparar com a Hipotermia ou a Hipertermia, os extremos de temperatura corpórea.
Hipotermia acontece quando a temperatura do corpo é resfriada abaixo dos 35 graus. E isso pode matar, alerta o Dr. Clemar Corrêa.
No Brasil são raros os casos de hipotermia, pois não temos temperaturas de dez, 20 ou 30 graus abaixo de zero. Mas se o indivíduo está fazendo cânionismo, com horas e horas andando com água até a cintura, e água gelada, ou em uma madrugada fria, com três, quatro graus, ele pode enfrentar uma situação de hipotermia, diz. O mais extremo é o congelamento de extremidades, que acontece em ambientes gelados, o chamado frossbite, que causa a necrose das partes congeladas.
Hipertermia – A hipertermia é mais comum no Brasil e, por isso, mais perigosa para os atletas nacionais. Acontece quando a temperatura corpórea sobe acima de 41 graus Celsius. Nessas condições o cérebro não funciona direito. Podem haver lesões como sangramento, edema pulmonar, insuficiência renal, alteração da coagulação e tudo isso pode matar a pessoa, explica Dr. Clemar.
Ele citou o caso da atleta Daiane Rita de Moura, que morreu no Bike Race Across em 2005, prova de MTB realizada no Nordeste. Pensaram que era meningite, quando na verdade era uma insolação grave. Provavelmente não foi resfriada corretamente no hospital. Ela passou horas hipertérmica, lembra.
Geralmente a água equilibra a temperatura quando está muito calor. Mas dependendo da situação ela pode até piorar. Ter água quente no reservatório não adianta. Colocar água quente dentro do corpo que está lutando para perder calor piora a situação, diz o médico.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa