Pakravan encarou dunas e perigos do Saara em uma bike (foto: Divulgação/ www.cyclingsahara.com)
Ex-jogador profissional de basquete e atual aventureiro nas horas vagas, o iraniano Reza Pakravan já havia conquistado feitos como a subida ao cume do Monte Sabalan (4.811 metros), em sua terra natal, e algumas andanças sobre duas rodas na Cordilheira do Himalaia. Mas desta vez o executivo deixou a sua casa em Londres para buscar algo maior: atravessar o Deserto do Saara de bicicleta e entrar no livro dos recordes.
Foram longos 14 dias até que Pakravan percorresse os mais de 1,9 mil quilômetros da rota que traçou para cruzar o maior deserto quente do mundo. No caminho, que saiu da Argélia e terminou no Sudão, ele encontrou inúmeras dificuldades. Além do calor, do frio e das tempestades de areia, o iraniano teve que lidar com a instabilidade política e a falta de segurança na região.
É uma sensação incrível a de ter pedalado através do maior deserto do mundo, comentou o executivo de 36 anos, que trabalha na capital inglesa como analista do mercado de seguros. Infelizmente, o deserto do Saara tem se tornado um dos lugares mais perigosos do mundo, completou Pakravan, citando as fronteiras do Mali, Níger e Argélia, assim como a atual situação na Líbia, do ditador Muammar Gaddafi.
O clima também foi um grande obstáculo à conquista. No norte do Saara estava muito frio, mesmo durante o dia. À medida que eu avancei para o sul ficou cada vez mais quente. No Sudão, estava realmente muito quente e tive que pedalar por trilhas no deserto, onde a areia complicava muito, relatou Pakravan. Agora, o aventureiro espera apenas o reconhecimento de seu feito para entrar no Guinness Book como o autor da mais rápida travessia do Saara de bicicleta.
Este texto foi escrito por: Webventure