Contrariando as notícias de alguns veículos, o homem que morreu ao cair do Costão do Pão de Açúcar (RJ) neste domingo (3) provavelmente não era um alpinista, se levada em conta a descrição de Rodrigo Sampaio Primo, que estava no local do acidente com mais quatro amigos. Foram eles que encontraram o corpo. Não vimos o acidente, mas ouvimos um barulho que provavelmente foi o da queda”, conta.
O homem seria um norte-americano de 56 anos, que estaria sozinho e sem equipamentos de técnicas verticais. Conforme os bombeiros verificaram, ele não tinha nenhum documento, apenas um pouco de dinheiro e uma chave, e usava tênis de corrida, shorts e camiseta, diz Rodrigo, que chegou a ver o homem vivo, passando pelo grupo cerca de 10 minutos antes do ocorrido.
O norte-americano tentava subir ao topo da montanha de 400 metros por um caminho conhecido como Costão: uma escalaminhada na rocha, que segue pela parte da montanha defronte ao Oceano Atlântico. A rota só exige o uso de equipamentos de ascensão em um trecho curto, de terceiro grau (nível de dificuldade baixo, mas de uso imprescindível da segurança).
“O corpo estava ao lado da trilha, um pouco abaixo da base da parte de escalada, narra Rodrigo. “Olhando o local onde o encontramos e as manchas de sangue na rocha, eu e um amigo ficamos com a impressão (apesar de, obviamente, não termos certeza disso) de que ele caiu logo no começo da parte de escalada, próximo ao primeiro grampo.
Há cerca de quatro anos, esse trecho do Costão era considerado um primeiro grau (trepa-pedra), mas teve sua graduação alterada para terceiro depois que alguns blocos soltos que ofereciam perigo foram retirados, modificando a parede. Na época, o site da Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro (Femerj) publicou uma notícia sobre a mudança, afirmando que quem derrubara os blocos fora um grupo de montanhistas liderado por um geólogo especialista em geotecnia.
O resgate foi feito de helicóptero pelo Corpo de Bombeiros. A vítima foi levada para o Hospital Miguel Couto, no bairro da Gávea, e em seguida encaminhada para o Instituto Médico Legal.
Este texto foi escrito por: Da Redação