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Hotel parece campo de refugiados de guerra

Ilhas Fiji – O hotel para onde estão sendo levados os atletas do Eco-Challenge 2002 mais parece um “campo de refugiados de guerra”, segundo avaliação de Pietro Carlo, brasileiro que está acompanhando a prova. Homens e mulheres de várias nacionalidades estão ali tentando se recuperar dos estragos provocados pelas armadilhas da selva de Viti Levu, a maior ilha de Fiji que serve de cenário para a prova.

O que mais tem é pé machucado. Mas não faltam dores de barriga, diarréia, arranhões, ferimentos diversos ou simplesmente esgotamento físico. Entre os pacientes está a brasileira Eleonora Audrá, da equipe AXN Atenah. Ela foi retirada da competição depois de contrair uma infecção no braço esquerdo. Depois de ficar internada em um hospital de Namaka, ela recebeu alta e foi para o hotel. Os três colegas dela, Eduardo Sarhan, Sílvia Guimarães e Karina Bacha até que tentaram seguir em frente, mas desistiram. Sarhan sofre com os pés e Karina teve diarréia. Sílvia está bem.

Para se ter uma idéia de quanto o Eco-Challenge está implacável, das 81 equipes que largaram dia 11 de outubro, apenas 23 continuavam até às 20 horas de sábado, pelo horário do Brasil (11 da manhã de domingo em Fiji). Faltam cerca de 24 horas para esgotar o tempo limite da competição, que é de 10 dias. Mark Burnett, criador do Eco-Challenge e do famoso “Survivor”, que serviu de inspiração para o programa “No Limite”, da Rede Globo, fez de propósito o Eco-Challenge mais difícil da história.

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Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro / Cláudia David