O brasileiro Ike Klaumann (foto: David Santos Júnior)
O time de competidores brasileiros sofreu a primeira baixa no Rally Dakar 2012, depois de um acidente sofrido pelo piloto de moto Ike Klaumann. Na terceira etapa do campeonato (3/1), ele bateu em uma pedra, caiu da motocicleta, e acabou sofrendo fraturas em duas vértebras e uma luxação no ombro esquerdo.
O piloto passa bem, mas não volta à prova. Ele continua hospitalizado e deve ser transferido para sua terra natal, Rio Negrinho, em Santa Catarina, na quinta-feira (5). A queda aconteceu na altura do quilômetro 130, pouco depois da metade da prova.
Ike estava participando do Dakar pela primeira vez. Até o dia do acidente, ele estava em 33º lugar na classificação geral entre as motos, utilizando uma Husqvarna TE449 RR. Confira abaixo a entrevista com o piloto, feita por telefone, agora há pouco.
Como você avalia a prova até o momento do acidente?
Para mim era tudo novidade, navegação, prova, terreno. Mas, eu estava indo bem tranquilo, não estava pisando muito. Foi mesmo um descuido. Tinha uma pedra. É uma coisa que acontece, faz parte.
E como foi a batida?
Eu bati com a roda traseira na pedra. Daí a moto se enroscou em mim e eu caí embolado com a máquina. Bati na pedra, caí de costas, de lado. A moto virou, deve ter batido em mim também, não sei direito.
O que você conseguiu sentir da competição, em tão pouco tempo?
Não deu pra sentir quase nada da competição, foram apenas três dias. Mas é muito legal, bem organizado. Na hora do acidente, foi todo mundo muito prestativo. O resgate foi rápido. Depois, o transporte foi bem ágil também. Agora, no hospital, também está todo mundo ligando, perguntando se está tudo certo.
Sabe quanto tempo vai precisar para se recuperar da lesão?
Olha, não sei. Tem que esperar. Vou pra casa, fazer mais alguns exames. Isso só o médico pode falar. Mas agora é repouso, pra recuperar.
Você ainda quer voltar para um próximo Dakar?
Primeiro vou pensar em ficar 100%. Depois, eu volto a me preocupar com outras coisas. Antes de tudo, eu quero ficar bom para andar de moto.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi